A FIFA tem 111 anos de vida e apenas oito presidentes. Desses, três deles acumulam apenas nove anos no cargo (dois para o primeiro de todos, o francês Robert Guérin, um para o belga Rodolphe Seeldrayers e seis para o inglês Arthur Drewry). Restam cinco homens. O penúltimo é o brasileiro João Havelange, 24 anos no cargo. O último é o suíço Sepp Blatter, desde 1998 no poder.
E agora, quem é o nono homem? O comité executivo da FIFA marca as eleições para o dia 26 de Fevereiro de 2016, em Zurique, na sequência do escândalo no final de Maio, quando o Departamento de Justiça dos EUA indicia nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso de subornos avaliados em 140 milhões de euros.
A polícia entra então num hotel em Zurique e faz apreensões. É a notícia do dia. Mediatismo, acima de tudo. E faltam dois dias para as eleições da FIFA, já sem Figo. Mas com Blatter, sempre Blatter. As eleições realizam-se mesmo e Blatter ganha, por desistência do princípe jordano Al bin Al Hussein antes da segunda volta. O suíço parte para o quinto mandato, todo feliz. O verniz estala e Blatter demite-se. É preciso um novo presidente, mais novo e, sobretudo, mais credível. E, já agora, um homem do futebol.
