Miguel Sousa Tavares desmente que tenha aplicado 2 milhões de euros no GES, mesmo depois de confrontado com documentos que provam o contrário.
O semanário “Sol” teve acesso a sete listas do Banco de Portugal (BdP) com os nomes e números de contribuintes daqueles que investiram no Grupo Espirito Santo (GES), através do fundo ES Liquidez, de obrigações ou de papel comercial da holding da Espírito Santo International (ESI). O nome do jornalista constava das listas, mas este nega que tenha investido “sequer dois euros em qualquer produto ou empresa do universo BES ou GES”.
O “Sol” tem provas do contrário. Segundo esta publicação, o nome do escritor surge cinco vezes numa das sete listas. O nome e número de contribuinte de Miguel Sousa Tavares estão bem visíveis nos documentos.
O semanário apresentou por email ao jornalista os comprovativos de investimento, na tentativa de perceber se estes tinham sido feitos à sua revelia. Miguel insistiu que uma das instruções que sempre deu aos gestores de conta foi para "jamais comprarem produtos do próprio banco ou de empresas a ele associadas".
"Nunca, com o meu conhecimento ou autorização, eu fui investidor de produtos do BES e do GES", insistiu.
Já sobre o fundo ES Liquidez, onde de facto investiu, Sousa Tavares disse não saber do que se tratava. Sempre que perguntava a algum profissional do banco o que eram as siglas ES que surgiam representados no seu extracto, era confortado com a garantia de que a designação não tinha nada a ver com produtos ou empresas do grupo. "Eram assim designadas por se tratarem de carteiras de gestão montadas pelo banco e nada mais", esclareceu. Mas, segundo o "Sol" tinham tudo a ver.
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