O homem de que se fala é Emídio Graça (o do meio, de pé) e é o irmão mais velho de Jaime.
Nascido e criado em Setúbal, este médio de fino recorte técnico assina pelo Sevilha, da 1.ª Divisão espanhola, onde só jogaria uma época, num campeonato já com dois portugueses: o avançado Jorge Mendonça no Atlético Madrid e o guarda-redes Carlos Gomes no Granada.
A contratação não espanta ninguém. Só os valores em causa. Afinal, Emídio nunca saíra de Setúbal para um grande, embora seja titular fixo na selecção nacional, com 12 internacionalizações entre 1955 e 1958.
Em 1959, já está de volta a Setúbal para fazer mais cinco épocas, as últimas três ao lado do irmão, que assinaria pelo Benfica em pleno Mundial-66.
Seria Jaime Graça a provocar o prolongamento da final da Taça dos Campeões-68, com o Manchester United, em Wembley.
E seria igualmente Jaime Graça quem salvaria a vida de muitos jogadores benfiquistas, incluindo Eusébio, com um golpe de destreza a desligar o quadro de electricidade do Estádio da Luz, depois de um treino — só o jovem central Luciano não escapa à morte.