Uma mulher foi esta quinta-feira detida nos arredores de Madrid, por deitar o seu bebé recém-nascido num contentor de lixo, aparentemente com a intenção de o matar, após ter ocultado a gravidez à família e ao marido.
Por motivos ainda não esclarecidos, a mulher, de 37 anos, deitou o seu bebé num contentor de depósito subterrâneo em Mejorada del Campo, nos arredores da capital espanhola, segundo fontes oficiais citadas pela agência espanhola EFE.
A mãe não deu qualquer explicação aos agentes sobre o porquê de ter posto a criança no lixo, dentro de uma bolsa e de uma mochila, com apenas um biberão e uma chupeta.
O marido afirma apenas ter percebido quando esta lhe disse que se sentia mal e ia ao hospital, e ter demorado a voltar.
Quando este foi ao centro médico para a ver, foi informado que ela estaria em trabalho de parto.
Apesar das fricções entre o casal por causa da situação, o bebé permaneceu com os pais durante 15 dias e, segundo as fontes, foi bem tratado.
Mas por motivos ainda não clarificados, a mulher acabou por atirar o bebé para dentro de um contentor perto de sua casa, presumivelmente com a intenção de o matar, porque se trata de um contentor com depósito subterrâneo e por o ter posto numa bolsa e numa mochila.
Um vizinho que passeava pelo local ouviu o choro do recém-nascido e alertou a Guarda Civil espanhola, tendo o bebé sido resgatado e internado no hospital de Henares.
A partir das caraterísticas do biberão que estava na mochila, os investigadores deduziram que o bebé tinha nascido no hospital de Henares e finalmente, depois de consultar os registos de nascimento dos últimos dias no hospital, localizaram a mãe e foram à sua residência para a deter.
Inicialmente a mulher negou os factos, mas acabou por confessar, sendo detida e acusada de tentativa de homicídio.
Esta tarde o juiz decretou a sua prisão preventiva, sem direito a fiança.
Entretanto, o bebé recebeu alta médica mas continua no hospital, à espera que a Comissão de Tutela do Menor da Comunidade de Madrid o tome sob sua responsabilidade, segundo fontes da Proteção de Menores espanhola citadas pela EFE.
Lusa