Alexis Tsipras vai esta quarta-feira, 15 de Julho, tentar legislar sobre algumas das mais importantes medidas incluídas no pacote de austeridade acordado com os credores. Uma aprovação fundamental para que continuem as negociações em Bruxelas.
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O primeiro-ministro, que ontem afirmou em entrevista “não acreditar no acordo” que fez com os credores internacionais, mas que este é fundamental para manter o país na moeda única”, deverá conseguir passar a legislação com os votos do Pasok e da Nova Democracia, mas vai enfrentar dura oposição sobretudo da ala mais à esquerda do Syriza. Vários ministros já se afirmaram contra o pacote de austeridade e deverão, juntamente com os deputados, arrasar Tsipras no plenário de hoje.
Fonte governamental revelou no início desta semana que o primeiro-ministro deverá avançar com uma remodelação no Governo, à medida que os desertores aumentam entre os apoiantes do Syriza. A austeridade está a ser vista como uma derrota de Alexis Tsipras.
A imprensa fala na saída de quatro ministros, e aponta para a recolocação de três outros em diferentes pastas.
A entrevista de ontem serviu, também, para fazer campanha pelo ‘sim’ à austeridade, num discurso diametralmente oposto àquele que Tsipras fez quando tomou posse, em Janeiro. Segundo o responsável não há alternativa a estas medidas, e sair do euro não é uma opção. "Adoptar a dracma não era opção", afirmou ontem. "Não temos fundos para voltar à moeda nacional. A desvalorização seria fatal."
Além de que não há financiamento de outro lado que não da Europa, admtiu ontem na mesma entrevista. “Fui à Rússia, à China e aos Estados Unidos e não há outras opções."
Esta quarta-feira é dia de greve da função pública grega, em protesto contra a asuteridade, ao mesmo tempo que vão saindo à rua milhares de manifestantes que gritam 'OXI' a um acordo com os credores.