Em dois dias, o pelotão da Volta a França foi do céu ao inferno. Ontem foi dia de descanso, justamente antes de começar a subida aos Pirenéus, na 10ª etapa, esta terça-feira. Um total de 167 quilómetros, em que os primeiros 140 não se apresentavam como um grande desafio, com três subidas de categoria quatro.
O pior viria a seguir, com a maior subida, até agora, da prova. Foram 15,3 quilómetros com uma inclinação média de 7,4%, com pequenos picos acima dos 10%. Aos poucos, todos os ciclistas foram demonstrando sinais de fraqueza, excepto Chris Froome. O britânico esteve imparável ao longo de toda a subida, impossibilitando que qualquer francês pudesse comemorar o dia da Bastilha, celebrado todos os anos a 14 de Julho. O melhor que a armada francesa conseguiu foi um oitavo e nono lugares, por Pierre Rolland e Tony Gallopin, respectivamente.
A montanha foi demasiado dura para todos, excepto para Froome que terminou na frente com 59 segundos de avanço para o segundo classificado, Richie Porte, que conquistou a camisola da montanha. Quintana foi terceiro, a um minuto e quatro segundos de Froome, Contador 11º, a dois minutos e 51 segundos, e Nibali 21º, a quatro minutos e 25 segundos.
Na classificação geral, Froome continua na frente e Tejay Van Garderen em segundo, com a distância a aumentar de 12 segundos para dois minutos e 52 segundos. Quintana saltou do nono lugar para o terceiro a três minutos e 9 segundos de Froome. Valverde passou do sétimo para o quarto e Geraint Thomas, uma das surpresas da prova, de oitavo para quinto. Contador caiu uma posição, de quinto para sexto.
Rui Costa teve uma etapa para esquecer, tendo sido o pior dos quatro portugueses em prova ao terminar a etapa na 100ª posição, a 16 minutos e 40 segundos de Froome. Com este resultado, o melhor ciclista português caiu da 23ª posição para a 33ª, estando a 22 minutos e 10 segundos do camisola amarela.
