A chanceler alemã, Angela Merkel e o seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, estão a ser acusados de querer separar a Europa e de terem chantageado a Grécia pela oposição alemã. Gerhard Schick, especialista em Finanças do partido Os Verdes, acusou Schäuble de "agir perigosamente" ao propôr uma saída temporária da Grécia na zona euro. "Com o seu plano de Grexit apelou a uma divisão na Europa", afirmou o deputado citado pelo The Guardian.
Já o vice-representante da bancada parlamentar da extrema esquerda acusa o governo alemão de "extorsão" e de ter agido "de uma forma que mais não é que chantagem". O mesmo deputado afirmou que o executivo germânico "pegou no machado" e condenou a forma como "o usou para ameaçar outros países".
Já o líder do partido liberal FDP considerou "nebulosa" a forma como os dois líderes conduziram as negociações em Bruxelas.
Angela Merkel deverá levar o terceiro resgate a Atenas ao Bundestag na sexta-feira. A chanceler tem 504 dos 631 assentos parlamentares e, apesar das críticas, os Verdes apoiam o programa de assitência financeira. No entanto, uma elevada abstenção poderá colocar a liderança da CDU em causa.
