Arrendar casas particulares para passar férias voltou a ser um fenómeno importante este ano. O número de reservas dos portugueses subiu este ano 39,5% comparativamente com o período homólogo, revelam os dados da HomeAway, empresa que actua neste segmento. Aliás, de acordo com as contas da mesma, o portal tem registado um crescimento de 30% nestes últimos três anos. Os preços ditam, em grande parte, este sucesso. “Quando dividimos o preço pelo número total de pessoas, conseguimos beneficiar de preços por noite a rondar os 20/30 euros por pessoa”, revela ao i a responsável da empresa para o mercado português, Sofia Dias.
De acordo com a responsável, uma estada num alojamento para férias para cerca de 10 pessoas é 50% mais barata que uma estada equivalente num hotel. “Além disso, quanto maior for o número de pessoas que irá realizar a estada, maior é a poupança realizada”, diz Sofia Dias, acrescentando ainda que o preço é baseado na localização geográfica, no tamanho da casa e nos serviços extra e equipamentos que oferece.
Por exemplo, no Algarve é possível encontrar de uma casa típica a 45 euros por dia para seis pessoas em Silves a uma vila de luxo em Vale do Lobo ou Quinta do Lago (com sala de cinema, ginásio, vista de mar e jacuzzi privativo) de 1500 a 6 mil euros por semana com capacidade para 14 pessoas.
A par disso, também é possível poupar ao longo da estada. Os viajantes acabam por fazer refeições no alojamento, consumindo assim produtos locais e proporcionando poupanças no orçamento.
De acordo com a responsável, a oferta está em crescimento constante, já que o aluguer para férias “está a seduzir cada vez mais proprietários que pretendem rentabilizar casas de férias para fazer frente às despesas anuais (IMI, despesas de condomínio, melhorias nas infra-estruturas), um alojamento resultante de uma herança que querem preservar no património familiar ou um alojamento que ainda não foi vendido e até lá conseguem rentabilizar alugando-o a turistas”. Também os esforços de simplificação do processo de inscrição dos alojamentos locais vieram, de acordo com Sofia Dias, facilitar o crescimento da oferta e, ao mesmo tempo, a regulação veio valorizar e profissionalizar a oferta de alojamento local, “enquadrando melhor esta actividade”.
Procura Mais uma vez o Algarve é o campeão da procura, com mais de 70% dos pedidos de reserva. Albufeira, Loulé, Portimão, Tavira e Vila Real de Santo António lideram o top 5 das localidades mais procuradas. Também os Açores foram alvo de uma maior procura, potenciada pela “liberalização das ligações aéreas de low cost”.
Mas a procura não ficou limitada ao mercado interno. A empresa diz que houve também um aumento dos pedidos de reservas para o Brasil (85%), Itália (73%) e Espanha (68%). Para a Home Away, a razão de a escolha do Brasil ser tão significativa “está em os preços dos alojamentos serem bastante acessíveis em relação à oferta hoteleira tradicional e a oferta apresentar propriedades espaçosas e adaptadas para famílias, grupos ou amigos e centrais. A poupança no alojamento situa-se na ordem dos 50% a 70% de desconto, o que para um orçamento familiar permite compensar no preço dos bilhetes de avião para todos os membros da família”.