O NOS Alive continua a ser bom companheiro

O NOS Alive continua a ser bom companheiro


Um cartaz com algumas fragilidades que passa por entre os pingos de chuva: afinal estamos na presença de uma máquina muito bem oleada. 


Os Muse proporcionaram uma enchente enorme, os Disclosure mandaram a casa abaixo, Chromeo fechou o festival em festa. Três dias sem um concerto inacreditável, mas que se passaram bem, aqui e ali.

The “fucking” Prodigy
Tentámos contar o número de vezes que Keith Flint, e companhia, disse a palavra “fuck” e associados. Há quem diga que o concerto foi memorável, discordamos. Não o vimos por inteiro, mas salvo os grandes clássicos, o resto parecia só barulho. Também tentamos descobrir o número de vezes que os ingleses já actuaram em Portugal. Mais uma vez, não fomos bem sucedidos.

O culto Muse
Se o festival esgotou no primeiro dia, por alguma razão foi. Os Muse trouxeram a Algés gente dos quatro cantos do mundo, ou pelo menos dos vizinhos do lado.

NOS Carnaval Alive
O cosplay anda na moda, ainda que neste caso o disfarce seja mais arcaico. O traje de festivaleiro foi seguido a rigor por alguns corajosos. Ou isso ou nada friorentos, não chegámos a entender ao certo. Ainda encontrámos um Mickey e um Joker, entre outros mais abstractos.   

Droga Chromeo

Para fechar a edição de 2015, contámos com os Chromeo. Os canadianos são quase uma droga de boa energia. Com eles está sempre tudo bem e não há problemas no mundo. O concerto foi a prova disso mesmo.

Uma espécie de Almeirim
O Clubbing é um palco com seguidores fiéis – há quem nunca tenha saído dali. Na quinta-feira, às 19h30, o britânico Benji B subiu a parada ao ponto de a paisagem quase se assemelhar às festas de trance no meio do mato. Almeirim em Algés.

Ilegalidades
Relatos que nos chegaram confirmam que as ilegalidades não foram poucas. Que o diga este rapaz, que às tantas decidiu desistir, já Muse tinha terminado. Esperemos que a polícia não lhe tenha apreendido o chapéu; teria sido inglório.

Uma viagem à boleia dos Future Islands
De Baltimore, Maryland, bons ventos a dar cor a um segundo dia de festival sem grandes momentos a registar. Samuel T. Herring, vocalista, puxou pelo palco Heineken, a sintonia do seu synthpop assim exigia.  

Não fosse a poeira
Que sempre se levanta por aqui, ao início da noite – e já nem vamos falar das filas para a casa de banho, coisa impossível de mudar – e a organização teria nota máxima. Há condicionantes que não se podem mudar. E ainda assim os números dizem tudo: 155 mil espectadores é muita fruta.

Como ser mau?
Mesmo que tentassem, os irmãos Lawrence dificilmente seriam maus. A sua electrónica encheu o público de vontade, a querer dançar até mais não, a vibrar com novos e já badalados temas. É daquelas máximas da vida: os Disclosure, onde vão partem tudo. Ainda bem. 

Há sempre alguém que se sente mal
E com razão. Os Alt-J, por esta altura, perdiam-se em temas moribundos do último disco“This Is All Yours” (2014). Momento que regista outro aspecto positivo da organização. Os seguranças, junto às grades dos palcos, estiveram sempre atentos a estas situações.