Europa quer mais privatizações e mais reformas laborais na Grécia

Europa quer mais privatizações e mais reformas laborais na Grécia


Lista inicial de medidas do Eurogrupo para discussão foi elaborada no sábado mas não chegou a ser anunciada. Estará em discussão este domingo


Além do programa proposto pela Grécia, o Eurogrupo está a elaborar este domingo uma série de novas metas, objectivos e medidas a exigir a Atenas. Segundo a Reuters, que cita um primeiro esboço da base para a negociação destas novas exigências, os ministros das Finanças do euro querem impor um programa de privatizações mais sólido a Atenas, com uma gestão melhorada, exigindo também mais reformas laborais.

O documento citado pela agência noticiosa refere que o Eurogrupo gostaria de ver as autoridades gregas a assumir vários compromissos adicionais, como o cumprimento de um excedente de 3,5% do PIB no saldo primário em 2018, "de acordo com um calendário anual a ser definido pelas instituições", pedindo também "reformas ambiciosas nas pensões".

Reformar algumas leis do comércio, passando pela legislação sobre as vendas ao domingo, as promoções, ou propriedade das farmácias, devendo para isso contar com o apoio da OCDE, refere também o documento.

A privatização da ADMIE – rede energética – "deve avançar ou ser substituída por medidas equivalentes com as quais as instituições concordem".

Já no mercado laboral, é exigida a revisão rigorosa à legislação relativa às negociações colectivas mas também aos despedimentos colectivos, baseadas nas melhores práticas europeias.

O Eurogrupo pede depois a implementação passos para o reforço do sector financeiro, o desenvolvimento de um programa de privatizações mais alargado e melhor gerido – leia-se controlado ou quase pelas instituições – ou implementar as medidas aprovadas em Dezembro de 2014 e que ainda não avançaram.