Eurogrupo prepara lista com mais medidas para a Grécia

Eurogrupo prepara lista com mais medidas para a Grécia


A exigência de mais medidas a Atenas pode obrigar ao avanço de um empréstimo-ponte para dar tempo para a aprovação e implementação destas


O Eurogrupo voltou a reunir este domingo para continuar os trabalhos ontem suspensos. À entrada para a reunião as expectativas não eram as melhores, com o ministro das Finanças eslovaco a garantir que "não haverá qualquer acordo este domingo".

Peter Kazimir ainda voltou a referir que "houve uma quebra de confiança entre Bruxelas e o governo grego". Pediu por isso que Atenas reforce a austeridade prevista, tal como já o tinha feito no sábado.

Já Hans Schelling, homólogo austríaco, negou que se tivesse discutido a saída da Grécia do euro este sábado. "Apenas fizemos ajustamentos e pedimos garantias para a implementação das medidas. Com os ajustamentos que fizemos demos um passo em frente, mas não o demos com as garantias."

Em relação à ameaça da Finlândia, de chumbar o resgate, Alexander Stubb negou que o seu governo queira bloquear um acordo. O ministro finlandês referiu que "ninguém está a bloquear um acordo, estamos todos à procura de uma solução", sublinhando que "as condições apresentadas pelos gregos não são suficientes".

O estudo que viu a luz este sábado, encomendado por Schäuble e que defende a saída da Grécia da moeda única por cinco anos, é que ainda está a deixar marcas. O partido Os Verdes alemão criticou esta manhã o plano, chamando-o de inaceitável e inconstitucional, e o governo do Luxemburgo também veio a público criticar a postura de Berlim. "Se a Alemanha avançar com o 'Grexit' vai criar um enorme conflito com a França. Isso seria uma catástrofe para a Europ"a, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, Jean Asselborn.

O Eurogrupo na reunião deste domingo estará a preparar uma lista com mais medidas a exigir a Atenas, o que pode prolongar por mais alguns dias o actual impasse, obrigando ao avanço de um empréstimo-ponte à Grécia para evitar uma maior deterioração das condições de vida naquele país.