O jornalista japonês Jumpei Yasuda, de 40 anos, está dado como desaparecido na Síria. A principal suspeita é que tenha sido sequestrado pelo grupo radical Estado Islâmico (EI), avança a agência japonesa Kyodo, esta sexta-feira.
À espanhola EFE, o Ministério das Relações Exteriores do Japão negou-se a confirmar o "desaparecimento ou sequestro de qualquer cidadão japonês na Síria". Mas também não o negou.
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A conta de Twitter de Yasuda permanece inactiva desde 20 de Junho e as últimas mensagens mostram que estava na região de Kobani, salva pelas forças curdas das ofensivas do EI em Fevereiro. A família alega que esta inactividade nas redes sociais não é normal, já que o jornalista fazia publicações diárias e usava a rede social como ferramenta de trabalho.
O jornalista Kenji Goto, de 47 anos, e Haruna Yukawa, de 42, foram capturados pelo grupo terrorista. Os jihadistas exigiram um resgate em dinheiro em troca de libertar os reféns. Ainda assim, os dois jornalistas acabaram por ser executados e o vídeo das decapitações foi divulgado na internet.
Em Fevereiro, Yasuda criticou o governo japonês por confiscar o passaporte ao seu colega Yuichi Sugimoto e de o impedir de ir trabalhar na Síria. O governo justificou a decisão informando que a viagem colocava em risco eminente um cidadão do país. "Confiscar um passaporte é o mesmo que dizer que o governo pode decidir unilateralmente onde e quando uma reportagem pode ser realizada", disse Yasuda em Fevereiro.
Em 2004, o repórter já tinha sido sequestrado por tropas rebeldes no Iraque, mas acabou por ser libertado poucos dias depois.