União Europeia propõe diálogo social e político com Cuba

União Europeia propõe diálogo social e político com Cuba


Europa não quer ficar à sombra dos Estados Unidos.


A recente aproximação dos Estados Unidos a Cuba provocou o despertar da União Europeia. A Europa também pretende trilhar o mesmo caminho de Washington em oferecer condições para democratizar o país.

As reformas efectuadas pelo actual regime são bem acolhidas pelos responsáveis europeus. O eurodeputado socialista Ramón Jáuregui Atondo entende que “as mudanças políticas em Cuba têm de ser feitas enquanto Fidel e Raúl Castro estiverem vivos para controlar a transição”. A mesma visão tem Carlos Zorrinho ao destacar as “dinâmicas positivas” no país.

A União Europeia não tenciona ficar atrás dos Estados Unidos em relação à influência que pode ter na política interna de Cuba. O socialista português lamenta a falta de iniciativa da União Europeia por só “actuar posteriormente às movimentações norte-americanas”. Os primeiros passos das instituições europeias envolvem parcerias económicas e sociais.

Ramón Jáuregui Atondo diz que a colaboração entre a União Europeia e Cuba abrange as áreas do “comércio e dos direitos humanos, sendo que o acordo económico vai permitir investimentos no país latino”. Carlos Zorrinho explica que “o plano visa atingir três objectivos”. O primeiro é terminar o embargo. O segundo passa por aumentar o diálogo com a sociedade civil. Por fim, estabelecer pontes políticas através da criação de uma delegação parlamentar.

O eurodeputado espanhol considera que “os termos do acordo promovido pela Europa são mais amplos do que as negociações realizadas pelos Estados Unidos”. No entanto, considera que “o impacto geopolítico das convenções entre Washington e Havana são mais importantes para o último”.