O conjunto de reformas e medidas de austeridade propostas pelo governo grego para aceder a um terceiro resgate já foi apresentado às instituições europeias e ao Eurogrupo, confirmou fonte oficial da CE.
Segundo avança a Reuters, citando fonte oficial do governo grego, a proposta grega não contempla cortes nos salários e nas pensões mas propõe uma reforma alargada do IVA, o avanço de um pacote de investimentos e um alívio de longo-prazo para a dívida pública dos gregos. No entanto, o Financial Times escrevia o contrário ao início da noite: o plano entregue em Bruxelas, e considerado por muitos como "o mais austero" desde 2010, contempla, efectivamente, cortes nas pensões públicas, tal como os credores há muitos exigem a Atenas.
"Estamos prontos para nos comprometermos", terá dito Tsipras aos seus colegas de trabalho, segundo os media gregos. Amanhã, 10 de Julho, o primeiro-ministro vai tentar que o plano desenhado seja aprovado no Parlamento grego, de forma a mostrar aos credores que está empenhado em encontrar uma solução viável para o país em tempo útil.
O problema, reportam os meios de comunicação social gregos, é que já haverá demasiadas vozes contra este plano austero, nomeadamente a do Ministro da Energia, que terá dito aos restantes ministros que pode não votar a favor do plano. Apesar de grande parte do Syriza estar do lado de Alexis Tsipras, o líder da ala mais à esquerda do partido já avisou que está absolutamente contra. Para Panagiotis Lafazanis, o programa enviado para Bruxelas acaba com qualquer possibilidade de recuperação da economia helénica, escreve o 'The Guardian'.
O mesmo jornal nota que também Zoe Konstantopoulou, presidente do Parlamento, avisou que um memorando que contemple mais austeridade não passará no Parlamento.
[Notícia actualizada às 21h50]
