O humor de António Costa


Segundo Costa, os momentos que se têm vivido na Grécia nas últimas semanas são “a dramática ilustração do que seria a situação em Portugal se não houvesse em Portugal o PS”. 


As dificuldades de António Costa em apresentar-se como alternativa credível começam a ser demasiadamente evidentes. Tão evidentes que o próprio já encara a situação com um respeitável humor. 

Segundo Costa, os momentos que se têm vivido na Grécia nas últimas semanas são “a dramática ilustração do que seria a situação em Portugal se não houvesse em Portugal o PS”. É preciso perceber bem o contexto destas afirmações. A plateia era maioritariamente constituída por jovens, e por isso percebe-se que Costa quisesse dar um ar da sua graça.

Transformar um comício numa espécie de espectáculo de stand-up comedy é um esforço que deve ser considerado, embora o resultado seja inevitavelmente desastroso.

Claro que a realidade é bastante diferente. Aliás, não só foi por causa do PS que Portugal, em 2011, se aproximou muito daquilo que hoje se vive na Grécia, como também nunca será possível dizer que foi por responsabilidade do PS que recuperámos de uma situação dramática para uma situação mais estável e mais segura nestes últimos quatro anos. Por um motivo muito simples.

O PS nestes últimos quatro anos não existiu e nunca procurou contribuir activamente para que os portugueses ultrapassassem a crise sem a “superausteridade” que recorrentemente Costa refere. 

Do PS nestes anos só tivemos inconsistência e recuos. De renegociar a não pagar, da espiral recessiva ao segundo resgate, da esperança no Syriza e nas suas medidas ao “não se mete em aventuras”, o PS nunca conseguiu afirmar-se verdadeiramente como alternativa. Não há humor que disfarce.

Deputado

Escreve à segunda-feira   

O humor de António Costa


Segundo Costa, os momentos que se têm vivido na Grécia nas últimas semanas são “a dramática ilustração do que seria a situação em Portugal se não houvesse em Portugal o PS”. 


As dificuldades de António Costa em apresentar-se como alternativa credível começam a ser demasiadamente evidentes. Tão evidentes que o próprio já encara a situação com um respeitável humor. 

Segundo Costa, os momentos que se têm vivido na Grécia nas últimas semanas são “a dramática ilustração do que seria a situação em Portugal se não houvesse em Portugal o PS”. É preciso perceber bem o contexto destas afirmações. A plateia era maioritariamente constituída por jovens, e por isso percebe-se que Costa quisesse dar um ar da sua graça.

Transformar um comício numa espécie de espectáculo de stand-up comedy é um esforço que deve ser considerado, embora o resultado seja inevitavelmente desastroso.

Claro que a realidade é bastante diferente. Aliás, não só foi por causa do PS que Portugal, em 2011, se aproximou muito daquilo que hoje se vive na Grécia, como também nunca será possível dizer que foi por responsabilidade do PS que recuperámos de uma situação dramática para uma situação mais estável e mais segura nestes últimos quatro anos. Por um motivo muito simples.

O PS nestes últimos quatro anos não existiu e nunca procurou contribuir activamente para que os portugueses ultrapassassem a crise sem a “superausteridade” que recorrentemente Costa refere. 

Do PS nestes anos só tivemos inconsistência e recuos. De renegociar a não pagar, da espiral recessiva ao segundo resgate, da esperança no Syriza e nas suas medidas ao “não se mete em aventuras”, o PS nunca conseguiu afirmar-se verdadeiramente como alternativa. Não há humor que disfarce.

Deputado

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