Acabou o folclore, vem aí a austeridade pura e dura


Seis meses de jogos perigosos, seis dias de dramas e loucuras. Agora é tempo de voltar ao trabalho, a sério, para pôr a Grécia na ordem.


© Daniel Ochoa de Olza/AP

Tanta baba, tanto ranho e tanta manha que dava para pagar os camiões TIR de dívida grega e ainda sobrava algum para pagar os devaneios de um bando de loucos que aterrou em Atenas convencido que ia vergar 18 nações aos seus delírios e obrigar os milhões de cidadãos desses países a pagar as suas loucuras.

A semana grega foi um verdadeiro delírio. Em Atenas e por cá, em que uns tugas amigos dos gregos andaram nas ruas, nos jornais, nas rádios e nas televisões a rasgar as vestes contra a chantagem europeia a uma nação de pobrezinhos, sérios todos os dias, cumpridores exemplares dos seus deveres fiscais e que recusam viver acima das suas possibilidades.

A semana grega foi óptima como vacina para os demagogos, charlatões e economistas que acham perfeitamente normal que um país tenha um estado monstruoso, com despesas obscenas, dívidas insuportáveis e se recusa a fazer as reformas e os cortes necessários e suficientes para refazer a economia, criar emprego e riqueza para os seus cidadãos. A austeridade, lá fora e cá dentro, em Lisboa ou em Atenas, é fundamental para criar riqueza, emprego e melhores condições de vida para as pessoas.

A austeridade imposta aos países da moeda única é fundamental para os estados não terem défices acima dos 3% do PIB e dívidas públicas superiores a 60% da riqueza produzida. A austeridade imposta em Lisboa e Atenas é fundamental para as cargas fiscais não serem autênticos roubos à mão armada que matam as famílias e as empresas, criam desemprego e afastam o investimento. A austeridade é óptima para países que entraram na moeda única e se portaram de forma absolutamente irresponsável.

Aproveitaram os juros baixos para esbanjar dinheiro em projectos megalómanos e levaram as famílias e as empresas a endividar-se de forma criminosa com políticas criminosas de consumo desenfreado. A austeridade é o remédio eficaz para corrigir os males praticados na primeira década do euro por políticos irresponsáveis, de esquerda e direita. A austeridade é a arma que obriga políticos medrosos a darem a cara por reformas dolorosas mas essenciais em países que adoptaram políticas sociais demagógicas e insustentáveis.

A semana grega permitiu ver que os irresponsáveis de Atenas, da esquerda à direita, vão ser obrigados finalmente a pôr as mãos na massa e que a pachorra da Europa dos falsos consensos acabou de uma vez por todas. Tsipras, Varoufakis, Samaras, Papandreou e outros que tais nunca imaginaram nos seus delírios ver os bancos gregos fechados.

A Grécia, seja qual for o governo, começa agora um novo calvário, bem mais duro, bem mais difícil, para receber mais dinheiro dos credores, abrir os bancos, pagar aos funcionários e pensionistas, liquidar o calote de 7 mil milhões de euros a fornecedores do Estado, reembolsar o FMI e chegar ao dia 20 com verbas para liquidar a dívida ao Banco Central Europeu.

O folclore acabou ontem; agora vem o trabalho a sério, duro e os sacrifícios. Muitos e pesados, é verdade. Mas necessários e fundamentais para a Grécia se manter no euro e ver finalmente uma luzinha ao fundo do túnel de desmandos criminosos praticados ao longo de de anos por uma classe política que oscila entre a corrupção, a irresponsabilidade e a loucura de esquerdistas e fascistas. A Grécia, para se manter no euro, tem de entrar na ordem. A bem ou a mal.

Acabou o folclore, vem aí a austeridade pura e dura


Seis meses de jogos perigosos, seis dias de dramas e loucuras. Agora é tempo de voltar ao trabalho, a sério, para pôr a Grécia na ordem.


© Daniel Ochoa de Olza/AP

Tanta baba, tanto ranho e tanta manha que dava para pagar os camiões TIR de dívida grega e ainda sobrava algum para pagar os devaneios de um bando de loucos que aterrou em Atenas convencido que ia vergar 18 nações aos seus delírios e obrigar os milhões de cidadãos desses países a pagar as suas loucuras.

A semana grega foi um verdadeiro delírio. Em Atenas e por cá, em que uns tugas amigos dos gregos andaram nas ruas, nos jornais, nas rádios e nas televisões a rasgar as vestes contra a chantagem europeia a uma nação de pobrezinhos, sérios todos os dias, cumpridores exemplares dos seus deveres fiscais e que recusam viver acima das suas possibilidades.

A semana grega foi óptima como vacina para os demagogos, charlatões e economistas que acham perfeitamente normal que um país tenha um estado monstruoso, com despesas obscenas, dívidas insuportáveis e se recusa a fazer as reformas e os cortes necessários e suficientes para refazer a economia, criar emprego e riqueza para os seus cidadãos. A austeridade, lá fora e cá dentro, em Lisboa ou em Atenas, é fundamental para criar riqueza, emprego e melhores condições de vida para as pessoas.

A austeridade imposta aos países da moeda única é fundamental para os estados não terem défices acima dos 3% do PIB e dívidas públicas superiores a 60% da riqueza produzida. A austeridade imposta em Lisboa e Atenas é fundamental para as cargas fiscais não serem autênticos roubos à mão armada que matam as famílias e as empresas, criam desemprego e afastam o investimento. A austeridade é óptima para países que entraram na moeda única e se portaram de forma absolutamente irresponsável.

Aproveitaram os juros baixos para esbanjar dinheiro em projectos megalómanos e levaram as famílias e as empresas a endividar-se de forma criminosa com políticas criminosas de consumo desenfreado. A austeridade é o remédio eficaz para corrigir os males praticados na primeira década do euro por políticos irresponsáveis, de esquerda e direita. A austeridade é a arma que obriga políticos medrosos a darem a cara por reformas dolorosas mas essenciais em países que adoptaram políticas sociais demagógicas e insustentáveis.

A semana grega permitiu ver que os irresponsáveis de Atenas, da esquerda à direita, vão ser obrigados finalmente a pôr as mãos na massa e que a pachorra da Europa dos falsos consensos acabou de uma vez por todas. Tsipras, Varoufakis, Samaras, Papandreou e outros que tais nunca imaginaram nos seus delírios ver os bancos gregos fechados.

A Grécia, seja qual for o governo, começa agora um novo calvário, bem mais duro, bem mais difícil, para receber mais dinheiro dos credores, abrir os bancos, pagar aos funcionários e pensionistas, liquidar o calote de 7 mil milhões de euros a fornecedores do Estado, reembolsar o FMI e chegar ao dia 20 com verbas para liquidar a dívida ao Banco Central Europeu.

O folclore acabou ontem; agora vem o trabalho a sério, duro e os sacrifícios. Muitos e pesados, é verdade. Mas necessários e fundamentais para a Grécia se manter no euro e ver finalmente uma luzinha ao fundo do túnel de desmandos criminosos praticados ao longo de de anos por uma classe política que oscila entre a corrupção, a irresponsabilidade e a loucura de esquerdistas e fascistas. A Grécia, para se manter no euro, tem de entrar na ordem. A bem ou a mal.