A posição oficial do PS, declarada nos últimos dias, é que há radicalismo em ambas as partes, agora, perante a provável vitória do “não” no referendo grego, os socialistas atiram ao governo português, apelando para que deixe “os interesse partidários” de lado e “se empenhe, ao nível europeu, numa solução”.
O secretário nacional Porfírio Silva disse que “o acordo deve ser alcançado o mais rapidamente possível”.
Quando ainda não está fechada a contagem oficial dos resultados na Grécia (secretário nacional do PS falou numa altura em que estavam apurados mais de 50% dos votos e o “não” estava nos 60%), Porfírio Silva diz que qualquer que seja o desfecho de referendo, o importante é que “seja garantida a integridade da zona euro” e também que “qualquer que seja o resultados, as negociações têm de recomeçar e ser levadas a bom termo o mais rapidamente possível”. O socialista frisou que nas negociações entre Grécia e instituições europeias está também em causa o “interesse nacional”, já que “mais uma crise ia criar mais dificuldades económicas, nomeadamente ao nível das taxas de juro”.
O PS mantém as críticas centradas no governo que considera “ter tido uma atitude antipatriótica por estar interessado em explorar partidariamente o medo das pessoas”. “Tem feito de conta que um terramoto grego não afectará Portugal, mas está errado”, declarou Porfírio Silva rematando: “O prolongamento desta crise afectará Portugal e outros povos”. O PS nunca definiu uma posição por um dos lado no referendo grego nos dias que o antecederam.