Eusébio chegou ao Panteão Nacional

Eusébio chegou ao Panteão Nacional


Poucos minutos antes das 20h, a antiga glória do Benfica foi transportada para a sala 2, para junto de Aquilino Ribeiro, Humberto Delgado, e Sophia de Mello Breyner.


A cerimónia de transladação de Eusébio da Silva Ferreira para o Panteão Nacional começou às 15h23. Seguiu do Cemitério do Lumiar para o Seminário da Luz, onde o corpo da antiga glória do Benfica e da selecção nacional teria direito a uma última missa. 

Pouco antes das 17h, o corpo de Eusébio foi transportado para o Estádio da Luz, onde as claques e a direcção do Benfica lhe prestaram mais uma homenagem. O cortejo seguiu para o Parque Eduardo VII, onde o corpo de Eusébio trocou o carro fúnebre por uma charrete, puxada por quatro cavalos, e com muitos outros cavaleiros a escoltá-la. Passavam poucos minutos das 17h.

A um ritmo consideravelmente mais lento, o corpo de Eusébio seguiu em direcção ao Panteão Nacional. Passou pelo edifício da Federação Portuguesa de Futebol, e pela Assembleia da República, onde Assunção Esteves e menos de um quarto do total de deputados do Parlamento (230) o esperavam.

Às 19h, finalmente Eusébio chegou ao Panteão. Pouco depois, Dulce Pontes cantou o hino, e as primeiras lágrimas começaram a soltar-se. Seguiu-se um elogio de António Simões, o irmão branco de Eusébio. “Ele era o maior de sempre, de todos os tempos. Eusébio era o nosso impulso, o nosso ímpeto. Eusébio era como ninguém a velocidade estonteante, a vertigem da finta, a precisão do passe, o remate furioso do golo admirável”, afirmou Simões, antes de assistir Assunção Esteves, a próxima a tomar a palavra.

Assunção Esteves, e depois Cavaco Silva, seguiram a toada, interrompidos várias vezes por gritos de protesto dos presentes. Terminados os elogios, seguiu-se um vídeo de Eusébio, e depois a assinatura do termo de sepultura, com Cavaco Silva, Assunção Esteves, e Pedro Passos Coelho. Ouviu-se novamente o hino e Eusébio foi transportado para a sala 2 do Panteão, para junto de Aquilino Ribeiro, Humberto Delgado, e Sophia de Mello Breyner.