Emily Titterington morreu depois de ter estado dois meses sem defecar. Sofrendo de uma distensão intestinal extrema que comprimia os restantes órgãos internos, acabou por sucumbir a um ataque cardíaco, numa noite em que uma equipa de emergência médica esteve duas vezes em sua casa.
Chamados uma primeira vez, os paramédicos encontraram a jovem com um aspecto “pálido” e com dores no tórax. Mas Emily recusou ser examinada ou levada para o hospital. A mesma equipa regressou às 4h da manhã. “Quando chegámos, o seu pai James estava à porta a gritar, a dizer que algo de muito errado se estava a passar”, recorda Lee Taylor, citado pelo Telegraph.
No interior da casa, os paramédicos encontraram novamente Emily deitada no chão, à porta da casa de banho. “O seu abdómen estava extremamente dilatado. As costelas inferiores estavam mais saídas que a cintura. Fiquei chocado”, disse Taylor. Já não foi possível salvar a jovem.
“Nunca vi nada assim. Foi dramático”, contou também Amanda Jeffery, a médica responsável pela autópsia.
Esta história invulgar tem vários pormenores importantes que estão agora a ser investigados para apurar se tudo foi feito para evitar este desfecho trágico e bizarro. Em primeiro lugar, os problemas psicológicos de Emily. A adolescente sofria de uma forma ligeira de autismo, e recusava sistematicamente ser examinada por médicos. E tinha uma invulgar fobia de casas de banho, ficando frequentemente até dois meses sem defecar.