O primeiro-ministro grego dirigiu-se esta tarde aos residentes da Grécia, salientando novamente que o referendo do dia 5 de Julho "não é sobre a permanência no euro". Tsipras apontou ainda que "o voto no 'não' é um passo decisivo para termos uma melhor solução, não implica entrar em conflito com a Europa. Significa antes uma forte pressão para um acordo económico viável".
Segundo explicou o líder grego, em caso de vitória do 'não', "o governo grego chegará à mesa das negociações na segunda-feira em melhores condições para o povo grevo", assegurando que a "situação actual não vai continuar para sempre, os salários e pensões continuarão a ser pagos e a chantagem não levará à perda de depósitos bancários, pensões e salários".
"Consultar a população é uma questão de bom senso. Estamos a ser chantageados a votar 'sim' a todas as exigências dos credores", salientou ainda o governante na comunicação ao país. "Estou consciente das dificuldades actuais e comprometo-me a tudo fazer para que sejam apenas temporárias."
"Nunca pensei que a Europa democrática não desse espaço e tempo [ao referendo]. É uma desgraça estarmos nesta vergonhosa situação [controlo de capitais e banca encerrada] porque fecharam os bancos precisamente por termos decidido dar voz às pessoas", disse o líder grego.
"Fui até acusado de querer o voto no 'não' para tirar a Grécia da Europa. Nada mais errado", sublinhou ainda Alexis Tsipras, que recordou que há um ano se candidatou para a presidência da União Europeia como prova do seu compromisso com a construção europeia.
