Isto não tem nada que saber. Na baliza, José Sá. A defesa reúne Esgaio à direita, Raphaël à esquerda mais Paulo Oliveira e Tobias no meio. William a 6 no apoio a João Mário eSérgio Oliveira (capitão). No ataque, cada qual descaído para um lado, Ricardo e Cavaleiro. Um dois três quatro cinco seis sete oito nove dez.Hey, falta aqui um. Xiii, pois é.
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Senhoras e senhores, apresentamo-lhe Bernardo, o 10, o mais vagabundo de todos eles. Tanto se lhe dá aparecer pela esquerda, meio ou direita. Onde for, é problemático q.b.. Que o digam ingleses, italianos, suecos e alemães. E os suecos? Outra vez? Sim, outra vez. No dia 24, é a terceira e última jornada da fase de grupos. Acaba 1-1, com dois golos de suplentes (Gonçalo Paciência 84’, Tibling 90’+2). Hoje, dia 30, é diferente.
Está em causa o título de campeão europeu sub-21, o único das camadas jovens a nível continental que nos escapa, depois de três sub-19 e cinco sub-17.
Portugal dá-se bem no dia 30 de Junho. Em 1991, sagra-se bicampeão mundial (4-2 ao Brasil nos penáltis)
Portugal e Suécia, aí vamos nós. Eles jogam com quem? Na baliza, Calgren. O lateral-direito é um conhecido nosso, do Benfica.Chama-se Lindelof e é lançado por Jesus no jogo da ressaca do título de campeão nacional 2013-14, noDragão – é o tal jogo em que Bernardo também se estreia.
No centro da defesa, Helander faz-se acompanhar por Milosevic, cujos rins ainda passam factura daquele drible de Gonçalo Paciência no lance do 1-0. Daí para frente, há homens de barba rija, como o capitão Hiljemark, Khalili (que túnel a Esgaio, ali na esquerda durante a segunda parte), Thelin e Guidetti.
No jogo do dia 24, Portugal é superior em toque de bola e organização. De olho no empate, os suecos vêem a bola de um lado para o outro e só arriscam com o golo português, que significa o adeus à prova, em detrimento da Itália. A Suécia atira-se para a frente e chega ao 1-1 num lance típico do futebol nórdico: antes de passar a linha do meio-campo, Helander faz um balão para a confusão e aparece Tibling a selar o 1-1.
Portugal dá-se mal em Praga. Em 1971, a geração de Jordão perde a final do Euro sub-19 com a Inglaterra (3-0)
Quando o árbitro apita, tanto Portugal e Suécia festejam o empate como se de uma vitória se tratasse. É natural, os dois passam às meias-finais. Nesta fase, os resultados sofrem mutações. À tarde, Portugal dá 5-0 à Alemanha. À noite, a Dinamarca é espezinhada pela Suécia (4-1). Pronto, habemus Portugal-Suécia na terça-feira, dia 30, em Praga.
curioso Isto não tem nada que saber: o dia 30 de Junho é-nos francamente favorável. Há 24 anos, num Estádio da Luz completamente lotado, sem espaço para um alfinete, Portugal celebra o bi num desempate por penáltis vs. Brasil.
Eles acertam o primeiro remate (Ramon), nós também (Jorge Costa).Eles falham o segundo (Élber), nós não (Figo).
Eles marcam o terceiro(Andrei), nós também (Paulo Torres). Eles voltam a falhar (Marquinhos) e nós somos mais felizes que nunca (RuiCosta).
duplamente curioso Isto não tem nada que saber: uma final na República Checa não é nada bom sinal para a gente. E em dose dupla, noEuro sub-19. Então?
Portugal dá-se mal na República Checa.Em 1988, perde outra final doEuro sub-19 e nos penáltis (URSS, 4-2)
Em 1971, a Inglaterra abalroa-nos sem espinhas com um três-zero em Praga. É a equipa de Fidalgo, Shéu, Eurico e Jordão. Em 1988, é a URSS quem nos derruba, após prolongamento (3-1), em Frýdek-Místek. Aqui, já é a geração de Queiroz a dar os primeiros passos, com Bizarro, Couto, PauloSousa, Hélio e JVP (autor do golo) – um ano depois, seríamos campeões mundiais sub-20.
Por falar nisso (em finais), Portugal até tem um currículo positivo, com dez vitórias e nove derrotas. Se queremos continuar em vantagem, é só dar sequência ao trabalho meritório de Rui Jorge desde a qualificação: oito vitórias na fase de grupos, mais duas no play-off, outra com a Inglaterra a abrir o Europeu, um nulo com a Itália, um empate com a Suécia e o 5-0 à Alemanha. Agora, o céu.
Portugal-Suécia às 19h45 na RTP1