Angela Merkel afirmou esta segunda-feira, em conferência de imprensa que não pretende fazer qualquer pressão em relação ao referendo que acontecerá na Grécia, no próximo dia 5, mas alerta para as consequências do mesmo. A chanceler alemã falava em conferência de imprensa ao início da tarde, ao lado do vice-chanceler, Sigmar Gabriel.
"O euro enfrenta um desafio decisivo", afirmou a responsável, enquanto Gabriel dizia que a Europa atravessa a pior crise desde a sua fundação. Os responsáveis avisaram também que a Europa e a Alemanha não podem emprestar dinheiro sem haver condições para o efeito.
Aos jornalistas, o vice-chanceler declarou ainda que o governo do Syriza queria uma zona euro diferente, "politica e ideologicamente" e repetiu o que já tinha sido referido por Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia, esta manhã: Votar 'não' no referendo de Domingo "é uma clara decisão contra querer ficar no euro".
Os responsáveis sublinharam ainda que um default, ou falência, da Grécia não é um problema grave, uma fez que o Fundo de Estabilidade Financeira tem uma estrutura sólida. Quanto às consequências políticas de um Grexit, não se pronunciaram.