Agora é uma cena comum, que até passa despercebida, tal é a quantidade de portugueses no estrangeiro. Mas até há bem pouco tempo, como no início dos anos 90, é todo um acontecimento, que abre noticiários na televisão, motiva manchetes nos jornais generalistas e até faz chorar algumas (muitas) pessoas.
Pois bem, é dia de final da Taça do Rei, em pleno Santiago Bernabéu. Jogam Real e Atlético, os rivais de Madrid. Na casa branca, é o Atlético quem domina.
Ao intervalo 2-0, com golos de Schuster (7’) e Futre (28’). O golo do alemão é sublime, um livre directo sem hipótese para Buyo.
O do português é uma das daquelas corridas pela esquerda em que Chendo é batido em velocidade antes do remate de baixo para cima. Pobre Buyo, nem a vê.
Até final, o resultado mantém-se para delírio do Atlético, que vence a taça no campo rival. Na hora de erguer o troféu, é o capitão Futre quem o recebe das mãos do Rei Juan Carlos. História maiúscula.