Uber vs. taxistas. A revolta dos franceses meteu polícia antimotim

Uber vs. taxistas. A revolta dos franceses meteu polícia antimotim


É difícil perceber como a viúva do vocalista dos Nirvana acabou envolvida nos incidentes de ontem em Paris. Mas acabou. 


Courtney Love seguia num carro da Uber, a empresa privada de transportes contra a qual os taxistas franceses se revoltaram, e acabou a noticiar em directo no Twitter as agressões dos motoristas furiosos, com a pergunta “Where is the fucking police?”

Se em Portugal a ANTRAL tentou destronar a empresa em tribunal (para já sem grande êxito), em França a revolta dos taxistas atingiu outras proporções. Em Paris foram incendiados pneus e bloqueadas estradas. Marselha e Aix-en-Provence são outros dos palcos das manifestações.

França já declarou ilegal que a empresa com sede nos Estados Unidos ofereça serviços no país, mas os motoristas Uber continuam, como em Portugal, a roubar clientela aos taxistas.

E por essa razão, juntaram os seus carros ontem nas estradas que ligam o aeroporto Charles de Gaulle ao centro de Paris, criando um trânsito infernal que paralisou milhares durante horas.

Motins por clientes

Se em Portugal a Antral, que representa os taxistas, está a tentar lutar contra a aplicação de ouro em tribunal, em França os taxistas levaram a luta a outro nível, forçando a intervenção da polícia antimotim.

Michel Euler/AP

Luta pelo fogo 

A revolta dos taxistas chegou ao ponto de incendiarem carros e pneus para atrasarem ainda mais a retoma da circulação de carros. Aqui o carro pertence a um motorista da UberPop, a aplicação com sotaque francês.

Ian Langdon/EPA

Guerra aberta há dias

A situação piorou ontem, mas os protestos dos taxistas já decorrem há vários dias de Paris a Estrasburgo, passando por Marselha, Nice e Lyon.

Michel Euler/AP

Turistas mais afectados

O movimento das empresas de táxis no país tem-se concentrado em bloquear acessos a aeroportos, estações de comboios e grandes estradas de França. A Uber e os seus motoristas são acusados de ser “delinquentes sem qualificação nem carta de condução profissional”.

Laurent Cirpirani/AP