Yang Xiaoyun cruzou 2400 quilómetros, de Tianjin a Yulin, para resgatar 100 cães do mesmo destino que tiveram cerca de 10 mil animais. A professora reformada gere o abrigo “Casa Comum”.
Todos os dias, Xiaoyun prepara e cozinha, por duas vezes, dezenas de bolas de pão de milho. É o único alimento que a tratadora dos cães pode custear desde que tem ao seu cuidado mais de 1000 cães que foi recolhendo ao longo dos anos. Ao fim-de-semana distribui pelos animais pequenos pedaços de carne – normalmente, enchidos – como uma espécie de carinho especial. É também ela quem providencia os tratamentos médicos de que os seus cães vão precisando, apesar de contar com a ajuda de alguns voluntários no trabalho que o abrigo exige.
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No final da semana passada, a professora saiu de casa rumo à cidade de Yulin. Levava apenas um objectivo em mente: comprar tantos cães quantos conseguisse. No bolso levava sete mil yuans, pouco menos de 1000 euros. Conseguiu resgatar 100 animais.
Não é caso único no currículo da professora reformada, de 65 anos. No ano passado, Yang Xiaoyun comprou cerca de 360 cães. Ao mesmo tempo, a responsável pelo abrigo “Casa Comum” deixa de parte as críticas aos hábitos dos compatriotas do sul do país.
“Comer carne de cão é um hábito local deles, eu não quero alterá-lo. O meu único desejo é conseguir influenciá-los com o que vou fazendo”, contou Xiaoyun ao Fa Zhi Wan Bao, um site de notícias de Pequim.