França foi esta quinta-feira palco de protestos violentos contra o serviço de mobilidade da Uber, com taxistas a incendiar automóveis, bloquear estradas e a atacar o veículo que transportava a cantora norte-americana Courtney Love.
Entre os 2.800 taxistas que participaram nos protestos em todo o país, a polícia deteve pelo menos 11, devido a confrontos na sequência do bloqueio de acessos a aeroportos, estações de comboios e importantes eixos rodoviários.
Os taxistas revoltaram-se contra o serviço UberPOP, que permite encontrar um motorista privado a um preço menor do que o praticado pelos táxis, acusando-o de gerar “concorrência selvagem”. O UberPOP continua a funcionar em França, com os seus 400 mil utilizadores, apesar de estar proibido desde Janeiro.
Os motoristas que operem através deste serviço sujeitos a um ano de prisão e 15 mil euros de multa. Mas Rene Pierre-Jean, do sindicato francês CGT, presente numa barricada no exterior da estação ´Gare du Nord`, em Paris, queixa-se que a lei não está a ser cumprida, que o governo "está a deixar andar".
Em resposta, o ministro do interior, Bernard Cazenueve, exortou todos os envolvidos nos protestos a evitar a violência e afirmou ter dito aos procuradores para lançarem uma ordem de proibição contra o serviço UberPOP.
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Um motorista privado, que alega não trabalhar para a Uber, “ou qualquer outra aplicação móvel”, foi arrastado para fora do seu carro por manifestantes, que furaram os pneus e partiram os vidros, numa estrada bloqueada a oeste de Paris. As autoridades prenderam pelo menos oito pessoas em Paris, e nos arredores do aeroporto, devido a acções violentas. Outros taxistas ficaram detidos em Lyon, cidade no sudeste da França.
No Instagram, Courtney Love disse que os protestantes “fizeram uma emboscada” ao seu veículo e “mantiveram o condutor refém”.
Com Lusa