Paulo Pereira Cristóvão em prisão domiciliária

Paulo Pereira Cristóvão em prisão domiciliária


Pereira Cristóvão encontrava-se detido no Estabelecimento Prisional de Évora.


Paulo Pereira Cristóvão já está em prisão domiciliária, com pulseira electrónica.

O ex-vice-presidente do Sporting foi detido a 3 de Março, pela Polícia Judiciária, suspeito de ser o cabecilha de vários assaltos na zona de Lisboa e dar informação sobre as vítimas.

Desta operação resultaram ainda a detenção do líder da Juve Leo, Mustafá, que alegadamente “trabalhava” com o antigo PJ. Foram também presos três polícias, por sequestro, roubo e usurpação de funções.

O grupo foi desmantelado por elementos da Unidade Nacional Contra o Terrorismo (UNCT) da PJ, por indícios de associação criminosa, sequestro, roubo qualificado, usurpação de funções, abuso de poderes e posse de armas proibidas.

Pereira Cristóvão encontrava-se detido no Estabelecimento Prisional de Évora.

Farinha Alves, o advogado de Paulo Pereira, precisou que a alteração da medida de coacção foi decidida pelo juiz na terça-feira.

Segundo a PJ, o grupo criminoso dedicava-se "a sinalizar potenciais alvos para os roubarem no interior das suas residências, simulando tratar-se de verdadeiras acções policiais a cumprir buscas domiciliárias judicialmente ordenadas, tendo alguns deles utilizado, em certas ocasiões, as suas próprias fardas para assim melhor credibilizarem as actuações".

Na mesma altura, a PJ referiu que os crimes ocorreram nos distritos de Lisboa e Setúbal, tendo em alguns dos casos sido utilizada a violência e a coacção para que as vítimas fornecessem informação sobre os locais onde se encontravam escondidas quantias monetárias, objectos e produtos com valor acrescentado.

Paulo Pereira Cristóvão, detido no âmbito da mesma investigação, foi vice-presidente do Sporting durante o mandato de Luiz Godinho Lopes, depois de ter sido candidato à presidência do clube, tendo perdido para José Eduardo Bettencourt.

Paralelamente, o antigo vice-presidente do Sporting está a ser julgado no caso que envolve o árbitro auxiliar José Cardinal, estando acusado de burla qualificada, branqueamento de capitais, peculato, devassa por meio informático, acesso ilegítimo e denúncia caluniosa agravada.
Com Lusa