O ministro da Saúde excluiu esta quarta-feira a hipótese de um aumento de impostos para financiar a saúde, avisando contudo que nos próximos anos haverá um crescimento de custos nalgumas áreas e que é preciso discutir as formas de financiamento.
“Não está previsto no programa da maioria, e pelo que percebemos também não está no da oposição, haver um aumento da carga fiscal para financiar a saúde. Não está nem naquilo que está publicado nem nas intenções e, portanto, nesse sentido excluímos (a possibilidade de aumento de impostos”, afirmou esta quarta-feira Paulo Macedo aos jornalistas no final de uma conferência em Lisboa.
Na terça-feira o ministro da Saúde tinha já avisado que os custos do Serviço Nacional de Saúde vão aumentar, considerando que deve ser discutida a sua forma de financiamento, afirmações que foram interpretadas como uma admissão da hipótese de aumento de impostos.
Instado esta quarta-feira pelos jornalistas a clarificar esta questão, Paulo Macedo excluiu a hipótese de aumento da carga fiscal.
“O que é totalmente certo, e nem é uma novidade, é que todos os estudos indicam que várias áreas da saúde vão aumentar de custos. É preciso discutir como vão discutir como vai ser feito esse financiamento de custos em certas áreas da saúde”, declarou.
O ministro lembrou que nos últimos quatro anos tem sido aplicada uma política de contenção: “não houve qualquer aumento de impostos motivado pela saúde no sentido em que a despesa da saúde foi contida”.
Lusa