Um arguido que montou um esquema fraudulento de captação e apropriação de fundos alheios através de uma empresa internacional fictícia, foi acusado de burla qualificada e branqueamento de capitais, informou o Ministério Público.
Segundo o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), o arguido, entre 28 de Janeiro de 2008 e Fevereiro de 2009, criou e desenvolveu em Portugal um esquema fraudulento, sob a forma de uma pirâmide financeira, de captação e apropriação de fundos alheios em torno de uma empresa internacional fictícia que, supostamente, operava no mercado cambial internacional de divisas (Mercado Forex) e disponibilizava uma plataforma de investimentos online, onde os particulares podiam investir poupanças.
"Iludidos pela promessa de rápidos e gigantescos retornos financeiros, inúmeros particulares aplicaram fundos naquela empresa fictícia que o arguido desviava para a sua esfera patrimonial, estimando-se em mais de 1,9 milhões de euros o valor dos prejuízos causados", refere o DCIAP.
A acusação, concluida recentemente, abrangeu não só a factualidade objecto de queixas e denúncias constantes do processo principal, mas também as de vários outros processos (35 inquéritos) que a este foram apensados, adianta o departamento responsável pela investigação da criminalidade económico-financeira mais grave e sofisticada.
Lusa