Os sul-coreanos podem sofrer a extinção natural, em 2750. A conclusão é de um estudo do Instituto Brookings, que fundamenta que se a taxa de natalidade se mantiver nos 1,19 filhos por mulher é bem provável que os sul-coreanos não sobrevivam mais 700 anos. Senão vejamos: partindo do pressuposto que esta simulação é verdadeira, a população do país (50 milhões) pode cair para 20 milhões até o final do século. Já a segunda maior cidade, Busan, seria extinta em 2413 e Seul desapareceria em 2505.
Há mais factores que fundamentam esta teoria. Muitas famílias coreanas são etnicamente misturadas. Geralmente, o pai é coreano e a mãe é chinesa, vietnamita ou filipina. Assim, a taxa de natalidade das crianças de mães imigrantes é maior do que a de mulheres coreanas. Para contrapor esta tendência, o governo sul coreano já está a pensar em mandar produzir livros, com imagens de crianças multirraciais.
O governo também fez uma pesquisa, onde entrevistou mulheres entre 9 e 24 anos e concluiu que apenas 46% pretendem casar, contra 63% dos homens. Como a maioria dos bebés nasce dentro do matrimónio, a teoria de que a “espécie” sul-coreana está em extinção ganha peso.
É ainda de realçar que grande parte dos países desenvolvidos está a passar por um envelhecimento generalizado da população, com a taxa de natalidade a decrescer continuamente. A Coreia do Sul não é excepção.
Só em 2013, a sua taxa de natalidade caiu para o menor nível já registrado. Nasceram apenas 8,6 bebés por mil sul-coreanos. Espera-se que cada mulher sul-coreana tenha 1,1 filho. A Coreia do Sul torna-se assim no quinto país com a menor taxa de fertilidade no mundo.