Câmara de Lisboa. Obras de 25 milhões em bairros municipais até 2017

Câmara de Lisboa. Obras de 25 milhões em bairros municipais até 2017


As intervenções constam do aditamento ao Plano de Atividades e Orçamento 2015 da Gebalis, que vai ser discutido em reunião camarária.


A Câmara de Lisboa, de maioria socialista, debate na quarta-feira uma proposta para a realização de obras em mais de 20 bairros municipais da cidade, que vão custar 25 milhões de euros, segundo a proposta da autarquia.

“Foi identificado um conjunto de bairros e edifícios ou fracções municipais, que se reputam de intervenção prioritária, a carecer de trabalhos de beneficiação, conservação e manutenção para reposição e melhoria das condições de segurança, salubridade, higiene e conforto do edificado”, lê-se na proposta assinada pelos vereadores João Paulo Saraiva (Finanças) e Paula Marques (Habitação), a que a agência Lusa teve acesso esta terça-feira.

Por isso, o município, liderado pelo PS, pretende encarregar a Gebalis, empresa que faz a gestão dos bairros municipais, de executar obras de reabilitação com o intuito de “restabelecer as condições adequadas de habitabilidade de bairros municipais em que houve um claro ‘deficit’ de conservação e manutenção do respetivo património nos últimos anos”, refere o documento assinado pelos vereadores, dos Cidadãos por Lisboa, eleitos nas listas socialistas.

Em causa está um investimento de 25 milhões de euros até 2017, valor não sujeito a Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e que terá reflexos no orçamento municipal deste ano (3,9 milhões de euros), no do próximo ano (10,5 milhões) e no de 2017 (10,6 milhões).

Ainda assim, o município frisa, no contrato programa, que “a atribuição do subsídio à exploração à Gebalis não dispensa que esta empresa promova a apresentação de candidaturas junto do Portugal 2020 [fundos comunitários] ou de outros programas de apoio”.

Das 23 acções de beneficiação dos edifícios destacam-se obras de reabilitação no Bairro 02 de Maio (em infraestruturas técnicas, coberturas, escadas e vãos envidraçados), na Alta de Lisboa (revestimento e fachadas), no Condado – antiga zona J de Chelas (zonas comuns e continuidade da requalificação dos lotes) e no Bairro da Horta Nova (em fachadas e coberturas).

Os valores variam entre os 1,6 milhões e os 2,6 milhões de euros.

Além destas, existem intervenções em fracções municipais devolutas em vários bairros do Programa de Realojamento de Agregados, de um milhão de euros, e em partes comuns de edifícios em condomínio, de 1,2 milhões de euros.

Algumas das obras iniciam-se já no terceiro trimestre deste ano, estando todas terminadas no quarto trimestre de 2017, de acordo com a proposta.

Lusa