Acha que, a confirmar-se a transferência da actividade do porto para o Barreiro, um jardim seria “uma oportunidade única para fazer a ligação dos vales de Santo António e de Chelas ao rio”.
Esta ideia, insólita, faz-me crer que Lisboa é de facto governada por um grupo de iluminados cujas ideias, de tão boas e eficientes, escapam à compreensão do comum dos mortais.
Começámos com Costa e com a história da sua boa gestão das contas do município. É tudo obra dele e o memorando que assinou com o governo em 2012 que lhe retirou do orçamento 286 milhões de dívida é coisa que nunca existiu.
Depois há Sá Fernandes, o vereador verde, mas que tirando umas atribuições de uns quantos quiosques pela cidade e de uma ciclovia com altos e baixos são poucos os espaços verdes que lhe conhecemos. Por fim temos Salgado, o homem do urbanismo, da mobilidade e do planeamento da cidade.
Eles acham que Lisboa está melhor e pensam em estratégias de futuro, mas os lisboetas gostavam que pensassem no presente e em medidas que nos pudessem resolver os buracos das ruas, a recolha do lixo às nossas portas, a manutenção dos espaços verdes estruturantes e, se não for pedir muito, de alguma reabilitação urbana que ajudasse a trazer mais jovens para a cidade invertendo o sucessivo envelhecimento da população lisboeta.
Ah, e já agora pedia-se alguma parcimónia nas alienações do património do município e nas aprovações de determinados projectos de construção, sobretudo naquela zona que Salgado tanto gosta e tanto fala.
Deputado
Escreve à segunda-feira