O Japão confirmou que as suas embarcações de caça à baleia regressam este ano ao Antártico, apesar de os reguladores internacionais terem pedido mais provas de que a caça tem fins científicos, informou esta segunda-feira a agência noticiosa francesa AFP.
O comité científico da Comissão Baleeira Internacional (CBI) disse na sexta-feira que o Japão não tinha conseguido providenciar detalhes suficientes para explicar por que razão queria matar quase 4.000 baleias 'minke' na Antártida nos próximos 12 anos.
Apesar da desaprovação internacional, o Japão caçou baleias beneficiando de uma isenção na moratória global que permite a morte daquele tipo de mamíferos para pesquisa.
O Japão não esconde o facto de a carne das baleias ser transformada em alimento, e diz que a população de baleias é suficientemente grande para permitir um negócio sustentável.
Tóquio não precisa de permissão do CBI para prosseguir com a sua actividade, uma vez que a emissão de licenças para a caça às baleias com propósitos científicos apenas diz respeito a cada país.
Em 2014, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), a mais alta instância judicial das Nações Unidas, considerou a expedição anual no Antártico como sendo uma caçada comercial disfarçada de propósitos científicos para contornar a moratória internacional.
Lusa