Uma nova unidade da Europol dedicada ao combate à propaganda 'jihadista' nas redes sociais vai começar a operar no próximo mês e irá focar-se em contas geridas por apoiantes do grupo extremista Estado Islâmico (EI).
“O EI é a organização terrorista que já vimos com maior ligação à rede”, disse o director da Europol, Rob Wainwright, em declarações à agência AFP.
“Eles estão a manipular a rede e as redes sociais, que se tornaram parte inseparável da vida de muitos jovens”, disse o responsável pela força internacional de polícia europeia.
Quase um quinto dos mais de 20.000 estrangeiros a combater no Iraque e Síria são originários da Europa Ocidental, segundo o Centro Internacional para os Estudos sobre a Radicalização, com sede em Londres.
A nova unidade da Europol, que operará à escala europeia, “vai focar-se em material disponível para o público e combinar o que vemos nas redes sociais com fontes mais tradicionais dos serviços de inteligência”, explicou Rob Wainwright.
Com uma equipa inicial de cerca de 20 membros, a unidade de combate ao cibercrime vai focar-se em figuras-chave que publicam milhares de ´tweets` e gerem contas com o intuito de atrair potenciais 'jihadistas' para o Iraque e Síria, assim como recrutar noivas para 'jihadistas'.
Após a deteção de conteúdo extremista, a empresa que gere a rede social será informada, e a conta encerrada “no espaço de horas”, indicou Wainwright.
Lusa