Stock da Cunha avança com medidas legais contra lesados do BES

Stock da Cunha avança com medidas legais contra lesados do BES


Comunicado da instituição surge  no dia em que eclodiram novos protestos em sucursais bancárias.


O Novo Banco anunciou ontem ao fim do dia que vai exigir “por todos os meios legais” que sejam apuradas responsabilidades a quem participa nos protestos  dos clientes lesados pelo papel comercial do BES. São acusados de agredir verbal e fisicamente colaboradores da instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha. O banco já tinha ameaçado e agora decidiu efectivamente avançar.

“Hoje [ontem], uma vez mais, a Associação dos Lesados deu seguimento à estratégia de reivindicar as suas pretensões recorrendo a métodos fora da lei”, lê-se no comunicado enviado pelo Novo Banco. O mesmo documento acrescenta que a manifestação “impediu o acesso de colaboradores do Novo Banco ao seu local de trabalho, para além de os insultar e, nalguns casos, agredir fisicamente”. E não foi a primeira vez. “Por essa razão, no seguimento do comunicado de 6 de Maio, o Novo Banco vai exigir, por todos os meios legais, o apuramento das responsabilidades, que estão devidamente documentadas, junto dos mandantes e executantes das agressões verbais e físicas praticadas, incluindo os membros dos órgãos sociais da Associação dos Lesados”.

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Já no início de Maio, a administração do Novo Banco tinha avisado através de comunicado que pensava adoptar “medidas legais” contra o comportamento dos lesados pelo papel comercial de sociedades do Grupo Espírito Santo (GES), que foi vendido aos balcões do Banco Espírito Santo (BES). O Novo Banco “lastima estes acontecimentos – que não são próprios de um Estado de Direito – e reafirma a sua qualidade de banco de transição obrigado a respeitar os termos da medida de resolução do dia 3 de Agosto de 2014”.

A manifestação de ontem de  manhã obrigou novamente à intervenção do corpo especial da PSP, que conseguiu dispersar os manifestantes sem recurso à força.