1. A alegria de viver com pouco
“A acumulação constante de possibilidades para consumir distrai o coração e impede de dar o devido apreço a cada coisa e a cada momento. É um regresso à simplicidade que nos permite parar a saborear as pequenas coisas, agradecer as possibilidades que a vida oferece sem nos apegarmos ao que temos nem entristecermos por aquilo que não possuímos. “
2. Mudar de vida
“Dado que o mercado tende a criar um mecanismo consumista compulsivo para vender os seus produtos, as pessoas acabam por ser arrastadas pelo turbilhão das compras e gastos supérfluos. Quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objectos para comprar, possuir e consumir.”
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3. O amor social
“É necessário voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo, que vale a pena ser bons e honestos. Vivemos já muito tempo na degradação moral, baldando-nos à ética, à bondade, à fé, à honestidade; chegou o momento de reconhecer que esta alegre superficialidade de pouco nos serviu. O amor social é a chave para um desenvolvimento autêntico.”
4. Educar para o ambiente
“A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência directa e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias.”
5. Mais diálogo na política internacional
“Para enfrentar os problemas de fundo, que não se podem resolver com acções de países isolados, torna-se indispensável um consenso mundial. Pode-se dizer que, enquanto a humanidade do período pós-industrial talvez fique recordada como uma das mais irresponsáveis da história, espera-se que a humanidade dos inícios do século XXI possa ser lembrada por ter assumido com generosidade as suas graves responsabilidades.”
6. Uma Economia e uma Política viradas para as pessoas
“A Política não deve submeter-se à Economia e esta não deve submeter-se aos ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia. Pensando no bem comum, hoje precisamos imperiosamente que a Política e a Economia, em diálogo, se coloquem decididamente ao serviço da vida, especialmente da vida humana.”
7. Cuidar do planeta para quem vem a seguir
“A noção de bem comum engloba também as gerações futuras. Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer? O homem e a mulher deste mundo pós-moderno correm o risco permanente de se tornar profundamente individualistas e muitos problemas sociais de hoje estão relacionados com a busca egoísta de uma satisfação imediata.”
8. Olhar para o lado
“Deixamos de notar que alguns se arrastam numa miséria degradante, sem possibilidades reais de melhoria, enquanto que outros não sabem sequer o que fazer ao quê têm, ostentam vaidosamente uma suposta superioridade e deixam atrás de si um nível de desperdício tal que seria impossível generalizar sem destruir o planeta.”
9. Combater os interesses instalados
“A submissão da política à tecnologia e à Finança demonstra-se na falência das cimeiras mundiais sobre o meio ambiente. Há demasiados interesses particulares e, com muita facilidade, o interesse económico chega a prevalecer sobre o bem comum e manipular a informação para não ver afectados os seus projectos.”
10. Cuidar do património cultural
“A par do património natural, encontra-se igualmente ameaçado um património histórico, artístico e cultural. É preciso integrar a história, a cultura e a arquitectura dum lugar, salvaguardando a sua identidade original.”