O arcebispo da diocese boliviana de Santa Cruz de la Sierra, Sergio Gualberti, manifestou-se nesta quinta-feira contra a possbilidade de submeter a um aborto uma menina de 11 anos que ficou grávida depois de ter sido violada.
“Não podemos pensar que o problema se soluciona eliminando uma vida inocente”, disse o responsável eclesiástico, que reconheceu, no entanto, que a violação é um “crime muito grave”.
A criança foi violada por um taxista que a levava a casa. O homem encontra-se detido na prisão de Palmasola, onde aguarda julgamento. Este estabelecimento penal será visitado, em Julho, pelo papa Francisco, durante a sua ida à Bolívia.
Segundo a imprensa local, a família da menina iniciou esta semana os trâmites para que possa ser submetida a uma interrupção voluntária da gravidez, algo que a própria menor solicitou.
O aborto é ilegal na Bolívia, excepto em casos de violação, incesto ou se existe risco de vida para a mulher.
Lusa