Dylann Storm Roof, o adolescente branco de 21 anos apontado como principal suspeito do massacre da noite de quarta-feira contra uma igreja afro-americana, foi capturado ao final desta manhã, hora local, na capital do estado da Carolina do Norte.
Horas depois de as primeiras imagens do suspeito terem começado a ser divulgadas nos media, o FBI de Columbia, cidade vizinha de Charleston, na Carolina do Sul, onde decorreu o ataque xenófobo, confirmou a identidade do suspeito e activou mais patrulhas para o capturarem.
Segundo os media norte-americanos, Roof foi detido perto de Charlotte. A divisão de direitos civis do Departamento de Justiça, o FBI e o gabinete da procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, já anunciaram uma investigação formal ao crime de ódio.
Na noite de quarta-feira, Roof foi até à igreja Emanuel AME (episcopal metodista africana) de Charleston, onde ficou durante mais de uma hora a assistir à sessão de estudo da Bíblia que decorria. Quando o estudo das escrituras terminou, explicou o chefe da polícia da cidade, Greg Mullen, o adolescente abriu fogo contra os presentes. Oito pessoas morreram no local, entre elas o reverendo Clementa Pinckney, que foi senador estatal pelo partido democrata entre 1997 e 2000. Uma nova sucumbiu aos ferimentos num hospital dos arredores. Entre os sobreviventes conta-se uma menina de cinco anos que fingiu estar morta até as autoridades chegarem ao local.
Mais um ataque
À hora em que os media anunciaram a captura do suspeito, habitante da cidade de Columbia, era noticiado que, também na noite de quarta, um outro ataque teve lugar contra uma igreja do Sul dos EUA, em Memphis, no Tennessee. A polícia da cidade diz que não houve vítimas e que não sabe quem disparou os tiros contra a igreja missionária baptista de São Mateus, durante o treino do coro mais ou menos à mesma hora em que o massacre de Charleston tinha lugar. “Não existe qualquer indicação de que este tiroteio esteja relacionado com o tiroteio da Carolina do Sul”, disse a polícia de Memphis ao canal FOX13.