O referendo sobre a manutenção do Reino Unido na União Europeia continua a fazer parte das manchetes dos meios de comunicação social britânicos.
O líder do United Kingdom Independence Party (UKIP), Nigel Farage, pretende ser o principal rosto a favor da saída dos britânicos. Nas últimas eleições legislativas, Nigel Farage ameaçou abandonar a liderança após o mau resultado. No entanto, o responsável máximo prometeu uma “postura activa na campanha”.
A manutenção de Nigel Farage na liderança do UKIP tem merecido críticas internas. Um dos principais financiadores do partido, Stuart Wheeler, entende que está na altura de efectuar mudanças profundas. O único deputado na Câmara dos Comuns, Douglas Carswell, considera que o empresário James Dyson seria um bom líder.
A data do referendo tem causado divisões no Partido Conservador. O governo britânico recuou na intenção de realizar a consulta popular no dia 5 de Maio de 2016 devido a pressões provocadas por vários deputados. Os parlamentares conservadores querem evitar uma sobrecarga para os eleitores nesse dia por causa dos actos eleitorais na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, além do escrutínio para a presidência da Câmara Municipal de Londres.
O professor da London School of Economics Tim Oliver explicou ao i que a data proposta “vai criar um problema porque as eleições nas regiões necessitam de debate”. O docente considera que o primeiro-ministro britânico tem o direito de querer o referendo “no curto prazo”.