O Tesouro português fez esta quarta-feira, 17 de Junho, uma emissão de Bilhetes do Tesouro a três e a 11 meses, no qual colocou 750 milhões de euros, o montante mínimo previsto pelo IGCP, o instituto que gere a dívida pública portuguesa. Os juros cobrados pelos investidores foram mais altos que os da última emissão comparável.
O IGCP garantiu 200 milhões de euros na maturidade a três meses, com um juro de 0,044%, acima dos 0,007% registados no último leilão com a mesma maturidade, que se realizou a 15 de Abril. Apesar disso, a procura superou a oferta em 5,1 vezes nesta linha, acima das 4,62 vezes verificadas nesta linha no leilão de Abril.
No prazo mais longo, a 11 meses, o IGCP emitiu 550 milhões de euros com os juros de 0,16%, acima da taxa média de 0,015% verificada no último leilão comparável, também realizado a 15 de Abril. Nesta maturidade a procura foi superior à oferta em em 3,13 vezes, superando as 1,65 vezes registada em Abril.
Recorde-se que o leilão desta quarta-feira acontece no meio de uma significativa turbulência nos mercados, com a Grécia a pesar no sentimento dos investidores e com as 'yields' – as taxas de juro cobradas pelos investidores e que servem para medir o risco dos países – a subirem em praticamente todos os países da região.
Amanhã o Eurogrupo reúne no Luxemburgo, com Atenas na agenda do encontro, enquanto Alexis Tsipras, o primeiro-ministro grego, voa para Moscovo para mais um encontro com Vladimir Putin. Isto numa altura em que as negociações entre Grécia e credores internacionais parecem estar no fio da navalha. A oposição grega já veio pedir a Tsipras que não entre em ruptura com a União Europeia, mas o governo do Syriza não dá sinais de cedência.