BPI. AG dita fracasso da OPA

BPI. AG dita fracasso da OPA


A assembleia-geral realizou-se esta quarta-feira no Porto.


A assembleia geral de accionistas do BPI chumbou a desblindagem dos estatutos, passo essencial para a OPA (oferta pública de aquisição) do CaixaBank sobre a instituição ter êxito. Apesar disso, o CEO do banco português, Fernando Ulrich, garante que “a oferta está de pé”.

Na AG, que teve lugar esta manhã em Serralves, no Porto,  estiveram representados 223 accionistas e votaram a favor de apenas 52,45% (de acordo com os estatutos a alteração dos artigos em causa carece da aprovação de 75% dos votos expressos). O chairman do BPI, Artur Santos Silva, lembrou que "o oferente disse que este não era o dia" para avançar com a proposta, uma vez que o CaixaBank "não consegue controlar" a atribuição de todas as autorizações necessárias para ir em frente com a OPA. "Em termos lógicos", disse Santo Silva, o CaixaBank esperava ter todas as autorizações até hoje, o que não aconteceu.

Um mês e meio depois do anúncio da OPA, falta a pronúncia do Banco Central Europeu, da Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensão e ainda do Banco Nacional de Angola para a CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários poder registar a oferta.  "Uma das condições [a desblindagem de estatutos] não está preenchida".

Apesar do resultado desfavorável, Fernando Ulrich afirma que esta questão "não cria nenhuma preocupação aos gestores do banco".

Agora, o banco do grupo La Caixa, forçado pela Santoro, de Isabel dos Santos, terá de procurar alternativas à sua OPA, já que a empresária é fundamental para o êxito da operação e já disse que não vende, pelo menos a 1,329 euros, o preço proposto.