O Ministério Público está a proceder ao arresto de bens móveis, recheios de casas, barcos e casas dos antigos administradores do BES, bem como a buscas de documentos que possam ser relevantes no âmbito das investigações ao ‘Universo Espírito Santo’. A Procuradoria Geral da República já confirmou que são cinco as buscas a decorrer desde esta manhã, nas propriedades de Ricardo Salgado, Ricardo Salgado, Amílcar Morais Pires e José Manuel Espírito Santo. A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã e entretanto confirmada pelo i.
Recorde-se que o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) investiga crimes de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais. O processo judicial ‘Universo Espírito Santo’ investiga crimes económicos e envolve a família que era dona do Banco Espírito Santo (BES).
Já no mês passado a Procuradoria-Geral da República esclareceu, em comunicado, que o arresto de bens a pessoas ligadas ao “Universo Espírito Santo” visava impedir “uma eventual dissipação de bens”, que ponha em causa pagamentos em caso de condenação dos administradores do antigo banco. O Ministério Público esclarecia que tinha procedido ao “arresto preventivo de bens imóveis e valores patrimoniais de outra natureza titulados por pessoas singulares e colectivas relacionadas com o denominado ´Universo Espírito Santo´. E justificava a medida como “uma garantia patrimonial que visa impedir uma eventual dissipação de bens que ponha em causa, em caso de condenação, o pagamento de quaisquer quantias associadas à prática do crime, nomeadamente a indemnização de lesados ou a perda a favor do Estado das vantagens obtidas com a actividade criminosa”.