Araújo. José Sócrates está preso “pelos ódios que suscita”

Araújo. José Sócrates está preso “pelos ódios que suscita”


Defesa esteve esta manhã no STJ para argumentar no pedido de habeas corpus do ex-primeiro-ministro.


O advogado João Araújo entende que José Sócrates continua em prisão preventiva "por ser quem é, por suscitar os ódios que suscita". 

A defesa do ex-primeiro-ministro decidiu pela primeira vez estar presente na apreciação de um pedido de habeas corpus, o sétimo analisado pelo Supremo Tribunal de Justiça.

O MP entende que esta não seria a sede para contestar a medida de prisão preventiva, decretada pelo juiz Carlos Alexandre em Novembro do ano passado. "Não irei fazer considerações sobre a proporcionalidade da medida" aplicada ao ex-primeiro -ministro, disse o procurador, acrescentando que "não se trata nesta sede de avaliar a correcção da medida imposta".

Uma ideia que João Araújo procurou rebater logo no início da sua intervenção. Perante o colectivo de juízes, o advogado de Sócrates disse que "esta é a sede, e é uma sede muito adequada (…), este é que é um tribunal competente" para contestar a prisão preventiva.

As mensagens para o juiz Carlos Alexandre e o procurador Rosário Teixeira tornaram-se mais claras quando Araújo dias que "imperadores é o que temos neste processo". Dois elementos – o juiz de instrução criminal e o procurador responsável pelo caso – de um "tribunal atrelado à rua".

José Sócrates continua preso preventivamente, depois de ter recusado a medida de prisão domiciliária com pulseira electrónica, por ter "recusado um direito".

João Araújo pediu ao STJ que dê aceite o pedido de habeas corpus, interposto na semana passada pelo jurista João Mota Cardoso, para que o caso não fique entregue "à mais desenfreada loucura".

O STJ anuncia esta tarde, às 15 horas, a decisão sobre o pedido de libertação imediata de José Sócrates.