Os maus e os bons

Os maus e os bons


Segunda-feira os Estados Unidos anunciaram a deslocação de material militar pesado para o leste da Europa. 


Um clara provocação a Moscovo que respondeu esta terça-feira em grande estilo: vai aumentar o seu arsenal nuclear ainda este ano com 50 mísseis balísticos intercontinentais. Pois bem. O norueguês que agora é secretário-geral da NATO reagiu de imediato e considerou o anúncio de Putin muito grave e acusou a Rússia de estar a pôr em causa a estabilidade no mundo.

No mínimo curioso. O Ocidente apoiou os nacionalistas ucranianos no golpe de Estado de Fevereiro de 2014 que atingiu um regime pró-russo. As populações do leste pró-russo reagiram e Moscovo respondeu com a anexação da Crimeia, base da sua esquadra naval no Mar Negro. Movimentos típicos da guerra fria. A NATO e os Estados Unidos avançaram para o leste europeu de forma provocatória com armas e bagagens nas fronteiras russas e agora entram no nuclear. No século XXI o mundo não é a preto e branco, com os maus em Moscovo e os bons em Washington, Londres e Bruxelas.

A Rússia não é uma ditadura estalinista que esmaga países e povos. Tem direito a defender-se de um Ocidente que desde 1990, com a queda do Muro de Berlim, se julga dono do mundo com os resultados conhecidos em África, no Médio Oriente e na Ásia. Deus nos livre dos Obamas deste mundo, um dos piores presidentes da história dos EUA. Ao pé dele, o pobre homem dos amendoins, Jimmy Carter de seu nome, é um ás. O seu mandato acaba em 2016. Tempo suficiente para fazer muitas asneiras e ameaçar a paz no mundo.