Portugal depois da saída da troika


Só quem estiver de muita má-fé e deslocado da realidade é que não reconhece que o nosso país, um ano depois da saída da troika, está muito melhor.


Subir Lall numa visita à sede do PS, no Largo do Rato

“A adversidade devolve aos homens todas as virtudes que a prosperidade lhes tira.” E. Delacroix

Já passou mais de um ano desde que a troika saiu de Portugal. As diferenças sentidas são muitas. Ao nível da recuperação económica. Da recuperação de vários rendimentos. Da consolidação orçamental. Do desemprego. Da criação de empresas. Dos juros da dívida. Da balança comercial. Da dívida pública. Da redução da despesa pública. Do pagamento de empréstimos a entidades externas. 

E de muitos outros indicadores políticos, económicos e sociais. Só quem estiver de muita má-fé e deslocado da realidade é que não reconhece que o nosso país, um ano depois da saída da troika, está muito melhor. Recuperou grande parte do seu bom nome e da sua credibilidade externa. E iniciou um caminho de mais e melhor crescimento e desenvolvimento económico, consequência de um conjunto interligado de várias reformas e políticas públicas de crescimento e consolidação, a vários níveis.

É certo que vários destes indicadores ainda não permitem a vários portugueses sentirem a mudança, para melhor, nas suas vidas. Mas tal e qual quem, para não morrer, tem de fazer “quimioterapia” (passe a comparação…), o nosso país está melhor. Melhor. Mas com vários problemas e desafios para enfrentar e ultrapassar. É que valeu a pena muito do trabalho feito desde 2011.

Muitas das reformas estruturais realizadas foram impopulares, mas necessárias. Mas estão já a dar resultados positivos. Ao nível da recuperação económica, com a criação de mais emprego e, consequentemente, com menos desemprego, com mais criação de empresas e menos encerramento de empresas, com muito mais exportações (com um perfil mais abrangente) e com muito melhor crescimento económico.

 Muita da recuperação de rendimentos é hoje uma realidade sentida. Com o aumento do salário mínimo nacional, com a recuperação do rendimento dos funcionários públicos, com a reforma do IRS amigo das famílias com mais filhos e até com a reposição das pensões para a chamada classe média.

E ao nível da chamada consolidação orçamental é justo destacar-se que Portugal conseguiu fazer o mais completo ajustamento orçamental da sua história desde 1974. Em 2015, o saldo global irá reduzir-se para 47% do PIB (o que significa uma redução de 8,5% do PIB face a 2010 – só cerca de 15 mil milhões de euros…). 

Mas existe muito mais que atesta como o nosso país está a ultrapassar várias disfuncionalidades e vários bloqueamentos. Por exemplo, só nos primeiros três meses deste ano foram criadas quase 12 mil novas empresas. Enquanto foram encerradas apenas cerca de três mil empresas. Mas, também ao nível dos juros da dívida pública, estes têm atingido mínimos históricos.

E isto acontece quando ao nível da balança comercial, em 2014, voltamos a ter uma balança comercial positiva, como também é um sinal positivo termos conseguido reduzir a despesa pública em mais de 11 mil milhões de euros.

Estes e muitos outros indicadores atestam o quanto Portugal, com um esforço enorme dos portugueses, fez alterações positivas, difíceis, mas necessárias. Daí que seja pertinente que se diga que Portugal não pode voltar para trás. E ficar nas mãos de quem chamou a troika. Antes pelo contrário.

Deve confiar em quem mandou a troika embora. Porque quatro anos depois de a troika ter chegado já recuperámos parte da nossa credibilidade externa, recuperámos muito do exigente mas necessário equilíbrio das nossas contas públicas e lançámos as bases para um novo modelo económico, mais consentâneo com as necessidades do nosso país, baseado na criação de emprego qualificado e muito assente no tecido empresarial com vocação exportadora. O país das corporações não o reconhece. Mas o país que faz bem não só o protagoniza como o exige. 

Escreve à segunda-feira 

Portugal depois da saída da troika


Só quem estiver de muita má-fé e deslocado da realidade é que não reconhece que o nosso país, um ano depois da saída da troika, está muito melhor.


Subir Lall numa visita à sede do PS, no Largo do Rato

“A adversidade devolve aos homens todas as virtudes que a prosperidade lhes tira.” E. Delacroix

Já passou mais de um ano desde que a troika saiu de Portugal. As diferenças sentidas são muitas. Ao nível da recuperação económica. Da recuperação de vários rendimentos. Da consolidação orçamental. Do desemprego. Da criação de empresas. Dos juros da dívida. Da balança comercial. Da dívida pública. Da redução da despesa pública. Do pagamento de empréstimos a entidades externas. 

E de muitos outros indicadores políticos, económicos e sociais. Só quem estiver de muita má-fé e deslocado da realidade é que não reconhece que o nosso país, um ano depois da saída da troika, está muito melhor. Recuperou grande parte do seu bom nome e da sua credibilidade externa. E iniciou um caminho de mais e melhor crescimento e desenvolvimento económico, consequência de um conjunto interligado de várias reformas e políticas públicas de crescimento e consolidação, a vários níveis.

É certo que vários destes indicadores ainda não permitem a vários portugueses sentirem a mudança, para melhor, nas suas vidas. Mas tal e qual quem, para não morrer, tem de fazer “quimioterapia” (passe a comparação…), o nosso país está melhor. Melhor. Mas com vários problemas e desafios para enfrentar e ultrapassar. É que valeu a pena muito do trabalho feito desde 2011.

Muitas das reformas estruturais realizadas foram impopulares, mas necessárias. Mas estão já a dar resultados positivos. Ao nível da recuperação económica, com a criação de mais emprego e, consequentemente, com menos desemprego, com mais criação de empresas e menos encerramento de empresas, com muito mais exportações (com um perfil mais abrangente) e com muito melhor crescimento económico.

 Muita da recuperação de rendimentos é hoje uma realidade sentida. Com o aumento do salário mínimo nacional, com a recuperação do rendimento dos funcionários públicos, com a reforma do IRS amigo das famílias com mais filhos e até com a reposição das pensões para a chamada classe média.

E ao nível da chamada consolidação orçamental é justo destacar-se que Portugal conseguiu fazer o mais completo ajustamento orçamental da sua história desde 1974. Em 2015, o saldo global irá reduzir-se para 47% do PIB (o que significa uma redução de 8,5% do PIB face a 2010 – só cerca de 15 mil milhões de euros…). 

Mas existe muito mais que atesta como o nosso país está a ultrapassar várias disfuncionalidades e vários bloqueamentos. Por exemplo, só nos primeiros três meses deste ano foram criadas quase 12 mil novas empresas. Enquanto foram encerradas apenas cerca de três mil empresas. Mas, também ao nível dos juros da dívida pública, estes têm atingido mínimos históricos.

E isto acontece quando ao nível da balança comercial, em 2014, voltamos a ter uma balança comercial positiva, como também é um sinal positivo termos conseguido reduzir a despesa pública em mais de 11 mil milhões de euros.

Estes e muitos outros indicadores atestam o quanto Portugal, com um esforço enorme dos portugueses, fez alterações positivas, difíceis, mas necessárias. Daí que seja pertinente que se diga que Portugal não pode voltar para trás. E ficar nas mãos de quem chamou a troika. Antes pelo contrário.

Deve confiar em quem mandou a troika embora. Porque quatro anos depois de a troika ter chegado já recuperámos parte da nossa credibilidade externa, recuperámos muito do exigente mas necessário equilíbrio das nossas contas públicas e lançámos as bases para um novo modelo económico, mais consentâneo com as necessidades do nosso país, baseado na criação de emprego qualificado e muito assente no tecido empresarial com vocação exportadora. O país das corporações não o reconhece. Mas o país que faz bem não só o protagoniza como o exige. 

Escreve à segunda-feira