Sampaio da Nóvoa insurge-se contra o “drama da emigração forçada”

Sampaio da Nóvoa insurge-se contra o “drama da emigração forçada”


E promete, caso seja eleito, um país “capaz até de acolher jovens de outros países”.


O anunciado candidato presidencial Sampaio da Nóvoa assinala esta quarta-feira o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas no Brasil, reforçando o papel da língua portuguesa e criticando o "drama da emigração forçada" de jovens quadros portugueses.

"Estamos a desperdiçar a nossa maior riqueza: as pessoas, os jovens qualificados, tudo aquilo que verdadeiramente nos pode fazer sair da crise em que estamos. É uma realidade inaceitável, absolutamente intolerável, que não pode deixar nenhum de nós indiferente. É um desperdício provocado por políticas cegas, de vistas curtas, sem inteligência e sem capacidade de compreender e antecipar o futuro", considerou Sampaio da Nóvoa por telefone em declarações à agência Lusa a partir de Brasília.

O ex-reitor da Universidade de Lisboa participa esta quarta-feira nas comemorações do 10 de Junho organizadas pela Embaixada de Portugal no Brasil e, na sexta-feira, irá receber um doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Brasília.

A língua portuguesa, advogou, é um dos "principais patrimónios" do país, "no plano cultural, certamente, mas também no plano económico e no plano político".

"A ideia da língua portuguesa marca muito esta minha estadia em Brasília", prosseguiu Sampaio da Nóvoa, lamentando logo de seguida o "drama da emigração forçada".

Aquela situação foi "sempre o pior" da história de Portugal e agora é "infelizmente" o presente do país.

"Falta visão e liderança, capacidade de mobilização dos portugueses feita com confiança e esperança. É para isso que me candidato a Presidente da República, para juntar, unir os portugueses em torno de causas maiores", reforçou.

No próximo 10 de Junho, e se for "por vontade e eleição dos portugueses" Presidente da República, Sampaio da Nóvoa apresentará palavras em torno do seu projeto de união em torno um país "desenvolvido, pátria de igualdade, capaz até – estranhamente para alguns – de acolher jovens de outros países", uma "terra de acolhimento e oportunidade".

O ex-reitor da Universidade de Lisboa, de 60 anos, apresentou a sua candidatura presidencial a 29 de Abril, no Teatro da Trindade, na capital.

Nascido em Valença, no Minho, conta com o apoio dos três antigos presidentes da República – Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio -, que estiveram nas cerimónias de apresentação da sua candidatura em Lisboa ou no Porto.

O antigo reitor ganhou visibilidade mediática quando presidiu às comemorações do Dia de Portugal em 2012, faz esta quarta-feira três anos.

Sampaio da Nóvoa dedicou então as primeiras palavras do discurso do 10 de Junho aos portugueses desempregados a viver "situações de dificuldade e de pobreza”.

Lusa