Cavaco Silva recusou esta quarta-feira, no seu último 10 de Junho como Presidente da República, "semear o desânimo e o pessimismo" quanto ao futuro do país, sublinhando que, apesar do longo caminho a percorrer, existem "fundadas razões" para encarar o futuro com mais optimismo.
"Da mesma forma que nunca vendi ilusões ou promessas falsas aos portugueses, digo claramente: não contem comigo para semear o desânimo e o pessimismo quanto ao futuro do nosso país. Deixo isso aos profissionais da descrença e aos profetas do miserabilismo", disse o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, no seu discurso na sessão solene do 10 de Junho, que decorreu em Lamego, Viseu.
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Reconhecendo que ainda há "um longo caminho a percorrer", Cavaco Silva considerou existirem hoje "razões fundadas" para se encarar o futuro com "mais optimismo e mais confiança".
Cavaco Silva defendeu ainda que "independentemente de quem governe” Portugal poderá olhar para o futuro com confiança se forem asseguradas orientações de política económica que permitam a concretização de quatro objectivos, nomeadamente o equilíbrio das contas públicas.
"Se, para além da estabilidade política e da governabilidade do país, forem asseguradas orientações de política económica que permitam a realização de quatro grandes objetivos, estou certo de que poderemos olhar o nosso futuro coletivo com confiança, independentemente de quem governe", afirmou o chefe de Estado, Cavaco Silva, numa intervenção na sessão solene do 10 de Junho, que decorreu em Lamego, Viseu.
Na sua última intervenção enquanto Presidente da República no 10 de Junho e onde "confiança" foi a palavra-chave, Cavaco Silva apontou como primeiro objectivo o equilíbrio das contas do Estado e a sustentabilidade da dívida pública. Com Lusa