PS quer que governo seja avaliado todos os anos por painel de cidadãos

PS quer que governo seja avaliado todos os anos por painel de cidadãos


Versão final do programa eleitoral será votado no sábado na Convenção Nacional do partido.


O programa eleitoral do PS prevê que o cumprimento das promessas de um Governo socialista seja avaliado por um painel de eleitores, a autonomia de gestão de museus e monumentos nacionais e o pagamento faseado de propinas.

Estas são três medidas referentes às áreas da democracia, cultura e Ensino Superior que constam na versão final do programa eleitoral do PS, que tem 90 páginas, está dividido em cinco partes distintas e que será votado no sábado na Convenção Nacional deste partido, que se realiza no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

No capítulo referente à melhoria da qualidade da democracia, o PS propõe a criação de um mecanismo de "avaliação anual do cumprimento das promessas presentes no programa de Governo, com a participação de um grupo de cidadãos escolhidos aleatoriamente de entre eleitores que se pré-inscrevam".

Embora o universo deste grupo não esteja ainda definido – podem ser dezenas ou centenas -, a ideia é que os membros deste painel de eleitores resultem de um sorteio.

Para o PS, "esta é uma medida própria de um partido que não tem medo de ser avaliado com regularidade e que se insere na lógica de abertura política aos cidadãos, tal como aconteceu com as eleições primárias e com a elaboração do programa eleitoral participativo".

No capítulo da cultura, destaque para a intenção do PS de permitir que certos equipamentos culturais bandeira, como museus e monumentos de especial relevância, possam beneficiar de uma maior autonomia de gestão para concretização de projectos que importem mais-valias para a cultura, o património, a economia e o turismo".

Desta forma, se um museu nacional pretender estar aberto num dia especial ao longo de 24 horas, ou quiser celebrar um protocolo de cooperação com outro a nível nacional ou internacional, "não esteja dependente da autorização da tutela" para concretizar a iniciativa.

Já no domínio do Ensino Superior, numa conjuntura de desemprego elevado e de dificuldades económicas por parte de famílias, os socialistas prometem concretizar a possibilidade de pagamento faseado de propinas.

"Em vez de o estudante ser obrigado a pagar 800 ou 900 euros de uma vez, deve poder fazê-lo de forma faseada", defende o PS.

Neste campo do Ensino Superior, o PS quer rever o regime de atribuição de bolsas, "tendo em vista o cumprimento do objectivo europeu de aumentar o número de estudantes" neste grau académico.

Lusa