O líder histórico da extrema-direita francesa, Jean-Marie Le Pen, anunciou esta terça-feira ter recorrido à justiça para contestar a sua exclusão da Frente Nacional (FN), desejada pela sua filha Marine devido às suas declarações polémicas.
Precisou ter processado a FN junto do tribunal de Nanterre, a Oeste de Paris, onde se situa a sede do partido, adiantando que dia 12 deve realizar-se uma primeira audiência na sua presença.
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Le Pen, que tem estado em pé de guerra com a filha por divergências sobre a orientação do partido, foi suspenso da FN na sequência de declarações polémicas em que se referiu ao Holocausto como um "detalhe" da História e falou da necessidade de "salvar a Europa boreal e o mundo branco".
Em reacção a essa decisão, o fundador do partido de extrema-direita afirmou ter vergonha que Marine continuasse a usar o apelido Le Pen e que esperava que se casasse "rápido", para "poder mudar de nome". Na mesma entrevista, anunciou que Marine Le Pen não teria o seu apoio nas presidenciais, que se realizam daqui a dois anos. "Seria ultrajante que tais princípios morais governassem o Estado francês."