Militares devolvem condecorações em protesto

Militares devolvem condecorações em protesto


Oficiais entregam medalhas na Presidência da República no dia em que foi publicada revisão do Estatuto dos Militares.


Uma delegação de oficiais das Forças Armadas vai devolver hoje, na Presidência da República, as condecorações recebidas em comissões de serviço de guerra. A devolução é, segundo a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), um gesto “simbólico” e de protesto contra as alterações ao Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR), publicadas esta sexta-feira em Diário da República (DR). O protesto está agendado para as 17h30 e, com as medalhas, será entregue um documento “alertando para as consequências não negligenciáveis sobre as Forças Armadas". 

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As alterações ao estatuto, em revisão desde o final de 2013, têm sido criticadas pelas associações sócio-profissionais.

Entre as principais alterações estão o aumento da idade da reforma dos 65 para os 66 anos, a partir de 2016, tal como para a restante administração pública, além de um novo modelo de convocação de militares na reserva para o desempenho de funções.

É um gesto “simbólico” e de protesto contra as alterações ao Estatuto dos Militares 

Para conseguirem passar à reserva, os militares passam a ter de cumprir 40 anos de tempo de serviço militar e 55 anos de idade, quando até agora estas condições eram em alternativa.

O diploma fixa ainda condições mais restritivas de passagem à reserva, nomeadamente o fim da possibilidade de requerer a passagem a esta situação a partir dos 20 anos de tempo de serviço militar.